As fabricantes de veículos instaladas na Argentina produziram 332 mil 35 unidades de janeiro a agosto, 6,2% acima do mesmo período em 2024. Embora o dado seja positivo no acumulado até julho a alta era de 10,1%. Os dados foram divulgados pela Adefa, que representa as montadoras no país vizinho.
A desaceleração pode ser explicada pela produção do mês passado, de 44 mil 545 unidades, que ficou 13,8% aquém do volume de agosto de 2024. Na comparação com julho, no entanto, houve alta de 20%.
A quantidade de veículos exportados nos oito meses do ano, 173 mil 382 unidades, está 7,7% abaixo do mesmo período de 2024. Somente em agosto foram exportados 25 mil 503 veículos, queda de 22,1% na comparação anual, mas incremento de 39,9% na mensal.
Para o presidente da Adefa, Martín Zuppi, superada a sazonalidade que influenciou o desempenho do mês passado, como foi mencionado em julho, com ajustes decorrentes do recesso e manutenções e atualizações tecnológicas em algumas fábricas, a indústria recuperou seu ritmo.
“No acumulado de janeiro a agosto as exportações são o único pilar com desempenho negativo na comparação interanual. O setor avança, portanto, visando à melhoria contínua da competitividade, com foco na redução da carga tributária nos níveis nacional, estadual e municipal.”
Trata-se de fator-chave para impulsionar a competitividade sistêmica do setor, segundo Zuppi, que ressaltou trabalho da entidade com o Ministério das Relações Exteriores para expandir o acesso aos mercados internacionais, uma vez que a Argentina continua a ter uma rede limitada de acordos de livre comércio, “o que restringe oportunidades em comparação com concorrentes na região e ao redor do mundo”.
Com relação às vendas ao mercado doméstico as 444 mil unidades estão 65,6% acima do acumulado de 2024. Somente em agosto, de acordo com informações das concessionárias argentinas, foram comercializados 54,6 mil veículos, 31,7% acima do mesmo mês no ano passado, mas recuo de 13% frente a julho.