Obras na infraestrutura do Aeroporto da Pampulha receberá mais R$ 100 milhões em investimentos

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As obras para a implantação do sistema de drenagem do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, mais conhecido como Aeroporto da Pampulha, entraram na etapa final. Com aportes de R$40 milhões, as intervenções serão concluídas em meados de setembro. Para isso, foi preciso finalizar um túnel e obter autorização do Corpo de Bombeiros para ligação do sistema de drenagem, já que parte da obra passará pela unidade da corporação. As melhorias foram feitas pela Construtora Vilasa.

A implantação do sistema de drenagem do Aeroporto da Pampulha é essencial para melhorias do local. Ela inclui a construção de uma nova rede de drenagem, canais de escoamento e uma bacia de detenção, que se estende da Praça Bagatelle até a cabeceira 13 do aeroporto.

Conforme o gerente de Engenharia da Motiva Aeroportos, Rogério Guimarães, a implantação do sistema de drenagem resolverá os alagamentos constantes no Aeroporto da Pampulha, trazendo mais benefícios para a operação aeroportuária e também para a cidade.

“Nas intervenções nossas na Pampulha, a grande carência que existia era a adequação no sistema de drenagem, que impactava na região externa, na Praça Bagatelle. Realmente foi um projeto bem expressivo, de tudo que tivemos que construir. A primeira etapa estava ligada na bacia de contenção de 16 milhões de litros. Depois começamos as intervenções para o lado da praça e tivemos um trecho de interligação de uma fase com a outra, que tomou um tempo a mais do previsto porque tinham interferências não mapeadas em áreas também de vizinhança com o Corpo de Bombeiros, mas conseguimos vencer todas as barreiras pelo caminho. A expectativa nossa é que no início de setembro a gente tenha 100% de obras concluídas, acabando todo o transtorno que tinha na região, tanto para o trânsito, quanto para o usuário e os clientes dos nossos hangares, em momentos de chuvas intensas”, comenta.

Novos investimentos

Com o avançar do projeto, a Motiva Aeroportos já planeja novos aportes no aeroporto de aviação executiva mais movimentado do país, segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). No mês de julho chegou a 5700 operações no mês, 10% a mais do que no ano anterior. Por isso merece atenção todo o cuidado e o trato com a comunidade aeroportuária. Além das obras de drenagem estimadas em R$40 milhões, outros R$68 milhões serão investidos em obras de melhorias para a infraestrutura operacional do aeroporto, como a revitalização do pavimento da pista de pouso e decolagem e outras intervenções.

“Essa dinâmica hoje dos contratos de concessões com o poder concedente nos traz algumas obrigações a serem cumpridas ao longo da duração da concessão. O que nós vamos fazer agora em Pampulha é a chamada fase 1B. É uma fase muito emblemática, onde se resolvem muitas das carências e ajustes na infraestrutura, mais ligado à segurança operacional. Nós temos manutenções preventivas, corretivas, algo que acontece com uma certa rotina. A gente pensa agora em intervenções mais estruturadas e ela está contemplada nesses investimentos”, conta o engenheiro.

Outro ponto que merece destaque nesta fase será referente aos limites do eixo da pista para as extremidades, conhecida por faixa preparada, uma zona de segurança que precisa estar livre de qualquer tipo de obstáculo, conforme explica o engenheiro. “Ela precisa estar numa declividade adequada, com um suporte mínimo do solo de forma adequada, garantindo que, se tiver uma excursão de pista de uma aeronave, que isso ocorra com o máximo de organização, sem precisar que algum veículo de socorro, uma ambulância, um caminhão de combate a incêndio, transite nessa área com maior segurança para ter eficiência em algum eventual resgate. Essas áreas carecem de mais atenção e quando a gente fala em obstáculo, pode ser uma depressão, uma grama não de forma adequada, uma placa de sinalização vertical de orientação para o piloto que precise de uma readequação, porque ela pode estar lá, só que ela não é considerada obstáculo desde que seja frangível, se tiver algum toque com a aeronave, tem que ser desarmada, elementos que se referem na remoção de obstáculo, alguns são visualmente pouco perceptíveis, mas com levantamentos topográficos, quando você faz essa sobreposição, você chega nas condições que pontualmente é necessário fazer essas adequações. Como exemplo de obstáculo, um dos trabalhos que faremos é o “Descomissionamento da atual Taxiway A”. Quando volta o projeto para 100% de adequação de uma normativa, ela é considerada um obstáculo por estar acima de uma inclinação permitida de normas”, explica.

De acordo com dados da Motiva Aeroportos, a primeira fase das obras, iniciada em outubro de 2023, consistiu nas adequações emergenciais, como correções voltadas com caráter de manutenção, algo que entendiam como o mínimo necessário para operação. “Foram investimentos constantes que a gente internamente chamava de Fase 1A, já pensando em todo o planejamento que envolveriam as intervenções da Fase 1B. Esse planejamento da obra iniciou em agosto do ano passado e foi preciso um certo faseamento para não impactar na operação do aeroporto de aviação executiva mais movimentado do país, afinal, são quase 200 voos diários. Claro que, nos dias de semana tem uma certa variação, os finais de semana são mais movimentados, com isso temos janelas operacionais para se trabalhar com essas atividades. De 22h às 5h30 o aeroporto de Pampulha tem uma janela congelada, que não ocorre pousos e decolagens, exatamente neste período que nos dedicamos nesses trabalhos que estão nas zonas protegidas, mas existem outras atividades fora dessa área que ocorrem durante o dia também. A dinâmica funciona de que maneira, temos atividades noturnas cobertas em horários que o aeroporto não opera e outras que vão ocorrer ao longo do dia, em horário comercial. Não necessariamente são etapas interdependentes uma das outras. Tem um faseamento bem detalhado e minucioso para que a obra aconteça sem impactos operacionais ou com diminuição de voo e inoperância de algum hangar, ou seja, tudo está sendo executado para garantir a não interrupção das operações”, afirma o engenheiro.

Sobre o tratamento das patologias existentes na Pista de Pousos e Decolagens (PPD), são várias as patologias do pavimento, como explica Rogério. “Podemos citar alguns exemplos como os trincos, fissuras, que sempre são tratados como manutenção quando aparecem. São monitoramentos constantes, diários dessas inspeções em pista, e com motivo de manutenção, são feitas de forma pontual. O que a gente faz agora é uma amplitude dessa ação, mais robusta, por trechos, não de forma pontual, quando aparece. A pista tem parte que é pavimento flexível, outra de pavimento rígido, e tem parte de algumas fissuras que não impactam em questão de uma segurança no uso hoje, da forma que elas vêm sendo tratadas, mas quando penso na vida útil do pavimento, quando faço intervenções mais robustas, isso é duradouro. O acompanhamento é regular, mas nós eliminamos aquelas intervenções preventivas de curto prazo. Quando a gente fala de balizamento, o tipo de intervenção que será feito ali, é um dimensional do espaçamento dessas balizas, algumas precisam de ajustes, vamos trocar o tipo de luminárias, ter produtos mais eficientes, com equipamentos mais modernos e com baixo consumo de energia”, diz.

As taxiways, faixas de pista onde as aeronaves se movem entre o terminal e a pista para decolagem e pouso, devem ter sinalização e iluminação adequadas para orientar a movimentação segura das aeronaves. Foi pensando nessas áreas que outras obras serão realizadas por lá. “A correção de declividade nas taxiways está ligada a faixa preparada e faixa de pista, pela norma RBAC 154(Regulamento Brasileiro da Aviação Civil), que estabelece que essas áreas protegidas necessitem de uma determinada inclinação e alguns pontos nestas áreas protegidas com necessidades para adequação das inclinações. São áreas pontuais, mas assim como a remoção dos obstáculos, essa declividade tem a ver com a questão de segurança, pois existe um limite de inclinação para você ter segurança numa excursão de pista ou numa necessidade de auxílio de caminhão de combate a incêndio a circular nessas áreas, por exemplo”, conta.

O término da Fase 1B está previsto para o primeiro semestre de 2026. “A gente pretende dentro desse planejamento inicial ter esse primeiro estágio de trabalhos, de movimento de terraplanagem, uma corrida contra o tempo, onde volumes expressivos precisam ser executados antes daquele período mais intenso de chuvas em Belo Horizonte, entre o final de dezembro e o mês de janeiro. As atividades já iniciaram de forma intensificada, com várias frentes de trabalhos e de uma forma mais robusta nos trechos onde temos trabalhos com movimentação de terra, para antecipar uma etapa e não entrarmos com volume expressivo no período mais chuvoso, até para que nos meses subsequentes a gente já tenha fugido um pouco desse risco de impactos ligados a chuva”, completa o executivo da Motiva.

Obras no Aeroporto da Pampulha (Belo Horizonte) FASE1B

Investimento: aproximadamente R$ 68 milhões

Início das obras: agosto de 2025

Estimativa de empregos gerados: Mais de 100

Intervenções:

• Descomissionamento da atual taxiway A;

• Adequação de sinalização, balizamento e fillets na taxiway B;

• Correção de balizamento, acostamento e sinalização na taxiway C;

• Correção de declividade, sinalização e balizamento nas taxiways D e E;

• Adequação de fillets, sinalização e balizamento na taxiway F;

• Ajustes de geometria, categoria e implantação de novo acesso à PPD nas taxiways G, H e J;

• Tratamento das patologias existentes na Pista de Pousos e Decolagens (PPD);

• Adequação da sinalização horizontal e do balizamento na PPD;

• Remoção de obstáculos da Faixa de Pista.

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