São Paulo entra na lista das 50 cidades mais relevantes em ciência e tecnologia no mundo

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A inclusão do indicador de venture capital (VC) – modalidade de investimento de capital de risco para empresas com alto potencial de crescimento – no Índice Global de Inovação (IGI) levou São Paulo da 73ª para a 49ª posição na lista das cidades mais relevantes para a ciência e tecnologia no mundo.

A capital paulista e a Cidade do México (79ª), estreante no ranking, são os únicos clusters de inovação da América Latina e Caribe entre os 100 maiores do mundo, segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).

– Confira o Ranking dos clusters de inovação, da OMPI em parceria com a CNI

Além dos negócios de VC, os critérios avaliados são o número de patentes internacionais depositadas via Tratado de Cooperação de Patentes (PCT) e artigos científicos publicados em um determinado período. São Paulo respondeu por 684 patentes internacionais, 24.349 artigos científicos e 1.587 negócios de capital de risco, em quatro anos.

O ranking dos clusters de ciência e tecnologia, criado em 2017, é um desdobramento do Índice Global de Inovação (IGI), que foi divulgado em 16 setembro pela OMPI e parceiros, entre eles, a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Investimentos de capital de risco = negócios disruptivos

Para Pedro Wongtschowski, representante da CNI no lançamento do ranking pela OMPI, o resultado de São Paulo reflete esforços e investimentos de décadas em inovação, por parte de empresas, das universidades públicas paulistas e dos governos estadual e federal.

“São Paulo tem uma alta densidade de capacidades, recursos e talentos. No ranking, Rio de Janeiro e Porto Alegre despontam abaixo dos cem maiores. Nosso desafio de país é conseguir criar essa concentração também nessas cidades, e em todas as regiões do Brasil. Assim como a Índia, temos capacidade para ter três ou quatros clusters entre os maiores do mundo”, acredita Wongtschowski.

À frente do Grupo de Trabalho de Fomento à Inovação da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), João Antonio Lopes Filho destaca que o salto da capital paulista no ranking é a prova da relevância do venture capital não só para a cidade, mas para o país.

“As grandes empresas têm papel muito importante, porque o corporate venture capital, além de prover de recursos financeiros, apoia estrategicamente as startups a crescerem. O que ainda nos falta é um cenário favorável para o investimento em startups brasileiras desenvolvendo tecnologia de fronteira, como biotecnologia e novos materiais, que demandam altos volumes de capital e amadurecem em mais tempo”, pondera o CEO do Banco Fator.

Ele defende mais iniciativas como a do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que lançou, neste ano, fundos nas áreas de saúde e transição energética em parceria com empresas.

E os outros países?

A inclusão do indicador de venture capital mexeu não só com a posição do Brasil no ranking. O cluster Shenzhen-Hong Kong-Guangzhou ultrapassou Tóquio-Yokohama e conquistou o 1º lugar; enquanto San Jose-São Francisco subiu três colocações, assumindo o 3º lugar.

Londres, impulsionada por sua posição como a terceira melhor em transações de capital de risco, foi da 21ª para a 8ª posição; e, por motivos semelhantes, clusters indianos tiveram avanços notáveis, com Bengaluru saltando de 56º para 21º.

Para a OMPI, os investimentos em capital de risco mostram como o conhecimento científico e tecnológico cria um terreno fértil para a criação de startups e de novos bens e serviços no mercado. Os países com mais clusters são China (24), EUA (22), Alemanha (7), Índia e Reino Unido (4 cada) e Canadá, Japão e República da Coreia (3 cada).

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