Estudo da IATA revela potencial de produção de SAF para descarbonização da aviação até 2050

A Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA), em parceria com a Worley Consulting, divulgou um estudo que confirma a viabilidade de produção de combustível de aviação sustentável (SAF) suficiente para que a indústria aérea alcance zero emissões líquidas de CO₂ até 2050.

A pesquisa, publicada em 23 de setembro de 2025, destaca que a matéria-prima necessária para essa produção não será uma barreira, desde que a indústria priorize a implementação de tecnologias relacionadas ao SAF.

O estudo identifica barreiras significativas que precisam ser superadas para o uso efetivo da matéria-prima na produção de SAF. Entre os principais desafios estão:

Ritmo Lento de Implementação: A produção de SAF atualmente depende principalmente da tecnologia HEFA (Hydroprocessed Esters and Fatty Acids), que converte óleos vegetais e gorduras em combustível. A necessidade de acelerar a adoção de novas tecnologias de produção, como o Power-to-Liquid (PtL), é crucial.

Concorrência por Matéria-Prima

O estudo ressalta a competição entre diferentes setores pelo uso de biomassa, sugerindo que políticas que priorizem o uso de biomassa para a aviação devem ser adotadas.

De acordo com o IATA NetZero Roadmaps, as companhias aéreas precisarão de 500 milhões de toneladas (Mt) de SAF para atingir suas metas de descarbonização.

O estudo aponta que é possível produzir mais de 300 Mt de bio-SAF anualmente até 2050, mas a concorrência pode limitar esse potencial, que pode ser ampliado por meio de novas fontes de matéria-prima e melhorias tecnológicas.

O relatório destaca que a criação de um mercado de SAF funcional requer políticas governamentais coordenadas que incentivem a inovação e o investimento. A colaboração entre setores é essencial para garantir o acesso confiável a eletricidade renovável de baixo custo, hidrogênio e infraestrutura de captura de carbono, que são fundamentais para a produção de SAF.

Willie Walsh, diretor-geral da IATA, enfatizou a urgência da situação: “Agora temos provas inequívocas de que, se a produção de SAF for priorizada, a disponibilidade de matéria-prima não será uma barreira no caminho da descarbonização da indústria. No entanto, isso só será possível com uma grande aceleração no crescimento da indústria de SAF. Precisamos começar a trabalhar agora.”

Marie Owens Thomsen, vice-presidente sênior de Sustentabilidade e economista-chefe da IATA, complementou a mensagem, destacando as oportunidades de produção de SAF que podem gerar empregos e estimular economias locais. “O momento de agir é agora adiar só tornará o desafio mais difícil”, afirmou.

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