
O Brasil vive um novo momento em sua política de comércio exterior. Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde 2023, assinamos, com nossos sócios do Mercosul, um acordo de livre-comércio com Singapura, concluímos as negociações com a União Europeia e, há poucos dias, no Rio, assinamos o acordo Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), envolvendo Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. A estratégia é clara: ampliar mercados e diversificar parcerias.
O Acordo Mercosul-Efta reforça esse caminho. Ele conecta o Brasil a países de alto poder aquisitivo, com regras transparentes e previsíveis, e gera novas oportunidades a setores agrícolas, industriais e de serviços. Oferece possibilidades tanto para pequenas empresas quanto para as médias e grandes.
Para produtores brasileiros, significa tarifas mais baixas e maior acesso a consumidores exigentes. Para a economia nacional, representa oportunidade de diversificação de destinos.
Em 2024, a Efta foi o 10º maior importador mundial de bens e serviços, com US$ 760 bilhões em importações, à frente de mercados tradicionais para o Brasil.
Com o acordo, estima-se um aumento de cerca de R$ 6 bilhões na corrente de comércio brasileira e um acréscimo de R$ 2,7 bilhões no PIB, com ganhos em todos os setores. Também são esperados menores preços ao consumidor e aumento do salário real.
O impacto vai além das tarifas. Acordos como esse exigem adaptação, investimento em qualidade, inovação e sustentabilidade, tornando cadeias produtivas mais competitivas e favorecendo a atração de investimentos estrangeiros e parcerias tecnológicas.
Essa agenda de comércio exterior não se limita a ampliar exportações. Busca inserir o país de forma mais relevante nas cadeias globais de valor, gerar empregos de qualidade e estimular uma indústria moderna e sustentável.
Estamos trabalhando por mais: além de buscarmos melhorar o entendimento comercial com os Estados Unidos, estamos atuando em várias outras frentes negociadoras.
Pretendemos concluir ainda em 2025 um acordo de livre-comércio entre Mercosul e Emirados Árabes Unidos e finalmente assinar o acordo com a União Europeia. Queremos expandir os entendimentos que temos com o México e com a Índia. Vamos retomar nossas negociações comerciais com o Canadá. Com Vietnã e Indonésia, vemos espaço para um acordo parcial, mas ainda significativo.
O cenário global é marcado por tensões geopolíticas e disputas comerciais, por insegurança e imprevisibilidade. Ao fortalecer sua rede de acordos, o Brasil envia uma mensagem poderosa: estamos comprometidos com o diálogo, a cooperação e a abertura responsável.
A expansão dessa rede, que aumenta em mais de 150% a corrente de comércio beneficiada por preferências tarifárias, consolida o país como parceiro confiável em um mundo em transformação.
O Acordo Mercosul-Efta é mais um passo decisivo nesse processo. Ele se soma a uma série de iniciativas que projetam o Brasil no cenário internacional, com ganhos concretos para a economia e para a sociedade. Nossa escolha é clara: integrar, cooperar e ampliar horizontes.