“Brasil precisa priorizar ferrovias e cabotagem para longas distâncias”, defende CNI

O superintendente de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso, afirmou nesta quarta-feira (1) que o Brasil precisa priorizar o transporte ferroviário e de cabotagem para substituir as rodovias no escoamento de cargas em longos percursos. Ele participou da abertura da 9ª edição do Fórum Brasil nos Trilhos, promovido pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), em Brasília.

“O sistema ferroviário nacional é muito importante para a indústria, mas não compartilhamos de otimismo com o nosso transporte de cargas. Hoje, o transporte é o principal gargalo que temos para enfrentar a competição internacional”, destacou Cardoso.

Ele alertou que o sistema rodoviário tem importância fundamental para o país, mas está sobrecarregado, especialmente por não ser o modal adequado para o transporte de longos percursos. A CNI tem apoiado iniciativas para modernização e expansão da infraestrutura ferroviária.

“A longa distância que o caminhão faz no país prejudica muito a indústria. Não é vocação do transporte rodoviário percorrer 2 mil ou 3 mil quilômetros, como é feito no Brasil. Estou falando do escoamento de remédios, roupas, sapatos, eletroeletrônicos. A nossa esperança é que o transporte ferroviário, juntamente com a cabotagem, faça os transportes de longa distância”, pontuou o superintendente de Infraestrutura da CNI.

O Brasil tem corredores ferroviários eficientes de padrão internacional, mas, por outro lado, um terço de nossa malha ferroviária se encontra sucateada. Na década de 1950, o país tinha mais de 35 mil quilômetros de ferrovias, enquanto hoje, apenas 30 mil quilômetros.

Infraestrutura de transporte mal avaliada no Brasil

De acordo com o relatório Competitividade Brasil, da CNI, o país é o antepenúltimo colocado no ranking que avalia a infraestrutura de transportes em 18 economias com características similares à brasileira. Já pesquisa da CNI, com 2.500 empresários industriais, mostra que 73% apontam o transporte como o maior gargalo de infraestrutura do país. A mesma pesquisa revela que o modal ferroviário é o mais mal avaliado – 31% consideram as ferrovias nacionais ruins ou péssimas.

Também participaram da abertura do evento os ministros dos Transportes, Renan Filho, e dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; o presidente do Conselho da ANTF e CEO da Transnordestina, Tufi Daher Filho; o diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio; e a diretora de Infraestrutura do BNDES, Luciana Costa; e o deputado federal Fernando Marangoni, vice-presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.

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