O Mercosul tem consolidado sua posição no cenário internacional por meio de acordos estratégicos que ampliam oportunidades para o Brasil em diversos setores. Recentemente, o bloco regional firmou acordos significativos com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), a União Europeia (UE) e avançou na mobilidade profissional interna.
Acordo Mercosul–EFTA: Expansão para Mercados de Alto Valor Agregado
Em setembro de 2025, o Mercosul e a EFTA assinaram um Acordo de Livre Comércio que promete transformar a dinâmica comercial entre os dois blocos. Com a eliminação imediata de tarifas para produtos industriais e pesqueiros, o acordo facilita o acesso a mercados como Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Setores como café, carne, frutas e sucos são diretamente beneficiados, com destaque para o café torrado brasileiro, que ganha tratamento tarifário preferencial. Além disso, 63 Indicações Geográficas brasileiras, como Cerrado Mineiro e Sul de Minas, passam a ser protegidas, fortalecendo a reputação internacional desses produtos.
Acordo UE-Mercosul: Impulso à Internacionalização das PME
O Acordo de Parceria entre o Mercosul e a União Europeia, ainda em processo de ratificação, é visto como um incentivo para a internacionalização das Pequenas e Médias Empresas (PME) da região Centro de Portugal. Segundo a Comissão Europeia, o acordo representa uma oportunidade para reforçar a presença das empresas europeias em mercados de grande escala, consolidando compromissos de sustentabilidade e qualidade. Para o Brasil, especialmente para o setor agroalimentar, o acordo pode abrir oportunidades concretas para atrair investimento externo, ligados à transição verde e às cadeias de valor sustentáveis.
Mobilidade Profissional: Reconhecimento de Profissões no Mercosul
Internamente, o Mercosul avançou na mobilidade profissional. O Senado brasileiro ratificou o Acordo Marco do Mercosul, permitindo que profissionais de engenharia, arquitetura, agronomia, geologia e agrimensura atuem temporariamente nos países do bloco sem a necessidade de revalidar diplomas. A medida, válida por até quatro anos, facilita a atuação de profissionais em projetos de infraestrutura, como a Rota Bioceânica, que visa integrar os mercados asiáticos ao Brasil via portos chilenos.