
O acordo comercial bilateral automotivo do Brasil com a Colômbia não foi renovado por falta de interesse dos colombianos. O prazo expirou no final de setembro e, a partir de 2026, as exportações de veículos do Brasil para a Colômbia serão taxadas em 16,1%, segundo a Anfavea.
Em vigor desde 2017, o acordo estabelecia cota de 50 mil exportados com tarifa zero. Em agosto, durante o 7º Congresso de Negócios da Indústria Automotiva Latino-Americana, organizado por AutoData , o presidente da Aconauto, associação que representa o setor de distribuição na Colômbia, Pedro Nel Quijano, afirmou que havia risco de não renovar o acordo. Segundo ele 30% dos veículos vendidos naquele país são produzidos no Brasil.
A Colômbia é o terceiro maior mercado de exportação de automóveis e comerciais leves do Brasil. No ano passado as exportações somaram US$ 750 milhões. O governo brasileiro segue com tratativas para tentar reverter o cenário, pois o impacto nos embarques será relevante.
Em nota oficial a Anfavea afirmou que a cobrança de 16,1% de imposto a partir de 2026 pode trazer problemas para a indústria brasileira. A entidade lembrou que a Colômbia recebe veículos com isenção de imposto de outros países com os quais mantém acordos comerciais, o que reduzirá a competitividade dos automóveis e comerciais leves produzidos no Brasil.
Por ser o terceiro principal destino das exportações nacionais a Anfavea entende que a cota de 50 mil veículos é relevante e será difícil direcionar esse volume para outros mercados. Em 2025 a produção de veículos cresceu 6% de janeiro a agosto no Brasil puxada pelas exportações.