ES acerta na escolha de aliados para ampliar conexões ferroviárias

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O Espírito Santo passa por uma fase de modernização e expansão do setor portuário, com empreendimentos já destravados que em breve ganharão corpo. A capacidade de escoamento de cargas por aqui terá novas dimensões, mas para a conta fechar será essencial um maior volume de cargas. Sem produtividade abre-se espaço para a ociosidade.

Há lutas que não podem ser vencidas por conta própria. É, portanto, muito oportuna a articulação do Espírito Santo em suas principais frentes — governo estadual, bancada capixaba em Brasília, Legislativo estadual e setor produtivo — em torno da formação de uma força-tarefa com representantes de Minas Gerais para lutar por demandas logísticas que beneficiem os dois estados. Nas disputas federativas, o peso político faz as coisas acontecerem.

O contexto é a renovação da concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), controlada pela VLI, até 2056. E o Espírito Santo chama Minas Gerais para se aliar em torno de uma contrapartida, a construção de um contorno ferroviário de Belo Horizonte, substituindo a ideia inicial do contorno da Serra do Tigre, também em Minas Gerais, um investimento considerado elevado e que por isso está sendo descartado.

O Espírito Santo se mobiliza porque, felizmente, está se preparando para a briga. Minas tem agronegócio, tem indústria, mas o estado vizinho paradoxalmente ainda é logisticamente distante, na comparação com Rio de Janeiro. Isso sem falar no potencial de cargas vindas do Centro-Oeste.

Ao melhorar a infraestrutura ferroviária, com novas conexões com os portos capixabas, a nossa competitividade tende a crescer. O Espírito Santo precisa se destacar, chamar a atenção. Localização estratégica é algo que já temos. Minas é uma excelente parceira porque pode se beneficiar — e muito — de uma conexão mais estruturada com os novos portos no nosso litoral que em poucos anos devem estar em operação.

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