Novas pistas na Serra das Araras terão 24 viadutos e a subida será entregue em Fev/28

Região de serra, com desnível total de 377 m, curvas sinuosas e um fluxo de 390 mil veículos por mês. Esse é o cenário da Serra das Araras e um desafio para a concessionária RioSP, uma empresa da Motiva (ex-CCR) que responde pelas obras de duplicação da via, entre o km 225 e o km 233. O projeto chamado Nova Serra das Araras conta com um novo traçado para melhorar o trecho da Rodovia Presidente Dutra (BR-116) com mais riscos de acidentes entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

A Serra das Araras compreende 16 km de pistas, sendo 8 km por sentido, no entanto, o trajeto que deveria ser curto acaba se tornando extenso para os motoristas, demandando muita atenção deles – considerando suas características topográficas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, por meio da Delegacia de Resende-RJ, responsável pelo trecho de Piraí, na Serra das Araras, foram registrados somente no primeiro semestre de 2025, 34 acidentes, sendo 7 deles por tombamento. Ou seja, os veículos tendem a tombar devido às curvas do trecho.

Em paralelo a essas dificuldades, a Serra das Araras ainda tem papel fundamental na logística de transportes do País. Hoje, segundo a RioSP, dos 390 mil veículos que circulam pelos dois sentidos mensalmente, 36% são de carga. Juntos, eles transportam mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Sendo assim, para melhorar as características técnicas do traçado e dar mais segurança aos veículos, a RioSP está liderando um projeto com investimento total de R$ 1,5 bilhão, que contemplará oito faixas (quatro para cada sentido) além dos acostamentos, um em cada sentido. Com essa reconstrução das pistas, a velocidade será de 80 km/h, permitindo a redução de 25% do tempo no percurso da subida (sentido São Paulo) e 50% na descida (sentido Rio de Janeiro). Haverá também 24 novos viadutos com extensão total de 4.503 m, 3 passarelas e 2 rampas de escape.

Para executar as obras sem interromper totalmente a rodovia, o trajeto permanece em operação mas com restrições pontuais e programadas somente na pista de subida, sentido São Paulo, no km 225. Neste as interdições são de segunda a quinta-feira, das 13h às 15h, para as detonações em rocha. Já na pista de descida – sentido Rio de Janeiro – não há interferências.

34 OBRAS SIMULTÂNEAS

Segundo a RioSP, o projeto está em 40,5% de execução e com 34 frentes de trabalho em andamento, incluindo:

Execução de 24 viadutos em diferentes fases estruturais;

Serviços de terraplenagem (materiais de 1ª, 2ª e 3ª categoria);

Obras de drenagem;

Implantação de 8 km de pista de serviço exclusiva, reduzindo impactos ao tráfego e dando maior agilidade às frentes de trabalho.

Obras de drenagem;

Implantação de 8 km de pista de serviço exclusiva, reduzindo impactos ao tráfego e dando maior agilidade às frentes de trabalho

Construção de 93 Contenções (cortinas atirantadas, solos grampeados e gabiões).

Duas rampas de escape na pista de descida;

Melhoria em 14 pontos de acesso;

Implantação de via marginal na pista Sul, sentido São Paulo;

Oito pontos de ônibus e três passarelas.

Medidas ambientais: construção de viadutos para passagem de fauna, drenagem adequada com caixas de contenção de produtos perigosos, além de soluções para minimizar impactos ambientais.

Infraestrutura de apoio:

Centrais de concreto, usina de asfalto, pátio de pré-moldados e central de britagem (com reaproveitamento da rocha das detonações na própria obra).

Implantação de 8 km de pista de serviço exclusiva, reduzindo impactos ao tráfego e dando maior agilidade às frentes de trabalho.

ENTREGAS EM ANDAMENTO

Em maio, foi entregue o primeiro viaduto da pista de descida (sentido Rio de Janeiro). A estrutura, que foi erguida em cerca de cinco meses, tem extensão de 50,8m e foi executada por equipe de cerca de 75 colaboradores. Foram utilizadas 5 vigas pré-montadas de 41,8 m, pesando 120 t cada, 750m³ de concreto e 110 t de aço. Além disso, foram cravadas 24 estacas raíz nas fundações.

Na programação da concessionária, consta a fabricação de 144 das 550 vigas pré-moldadas previstas no canteiro de obras alocado em Paracambi (RJ) e a execução de 1060 fundações em estacas raíz das 2.200 programadas para os 24 viadutos no traçado para vencer a Serra das Araras. Além disso, já foram lançadas 40 vigas pré-moldadas através da treliça lançadeira em 5 viadutos.

A empresa de engenharia contratada para os trabalhos na Serra das Araras é a EGTC Infra, ex-Engetec, e o projeto foi realizado pela Outec Engenharia.

Atualmente, o projeto está no pico das obras com 2.600 colaboradores e pode chegar ainda a 5 mil, entre diretos e indiretos. De acordo com a concessionária, boa parte da mão de obra é das cidades de Paracambi e Piraí. Ao todo, os trabalhos deverão durar 52 meses. A previsão de entrega da nova pista de subida é fevereiro de 2028 e a pista de descida deverá ser concluída em fevereiro de 2029.

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