A empresa petrolífera estatal colombiana Ecopetrol planeja começar a importar gás natural por meio de um novo terminal de recebimento de gás natural liquefeito (GNL) na costa norte até o final do ano.
O projeto, que será desenvolvido no terminal marítimo de Coveñas, no departamento de Sucre, utilizará uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) para incorporar o GNL importado ao sistema nacional de transporte. A Cenit, subsidiária de transporte da Ecopetrol, recebeu aprovação da Autoridade Nacional de Licenciamento Ambiental para adaptar a infraestrutura offshore existente de petróleo bruto para uso com GNL.
A Ecopetrol afirmou que estudos técnicos mostraram que Coveñas era a opção mais rápida e viável em comparação com outras alternativas de importação. Um processo vinculativo para contratação de serviços de regaseificação terá início nos próximos dias, com comercialização prevista para dezembro.
“Este projeto de regaseificação representa um marco decisivo para a segurança energética da Colômbia no curto prazo e apoia a crescente integração de energias renováveis”, disse o CEO da Ecopetrol, Ricardo Roa, em um comunicado.
Não foram fornecidos detalhes sobre o custo esperado do terminal ou a capacidade.
Em junho, Roa disse que a empresa estava avançando com planos para até dois novos terminais de importação de GNL na costa do Caribe.
Além do projeto Coveñas, a Ecopetrol está considerando usar a infraestrutura existente para uma planta de regaseificação perto dos campos de gás de Chuchupa e Ballena, no departamento de La Guajira.
A confirmação da iniciativa de Coveñas ocorre sete meses após a Ecopetrol anunciar a assinatura de um contrato de serviços com a Puertos, Inversiones y Obras (PIO) para a construção de um terminal de importação de GNL em Buenaventura, na costa do Pacífico da Colômbia.
A empresa sediada em Bogotá espera que a instalação comece a operar no segundo ou terceiro trimestre do ano que vem, com capacidade de armazenamento de 60 a 100 milhões de pés cúbicos por dia.
Os planos de expansão do GNL surgem em meio a crescentes temores de uma iminente escassez de gás. Dados publicados pela administradora do mercado de gás natural, BMC, mostram que a Colômbia enfrentará um déficit de oferta de 76,5 bilhões de unidades térmicas britânicas por dia (BBTU/d) em 2025 e 190 BBTU/d em 2026.
A situação foi agravada por uma queda acentuada nas reservas de gás, que caíram 13% em 2024 para 2,064 trilhões de pés cúbicos (Tf³), de acordo com dados oficiais.