Com três anos e meio de existência é crescente o otimismo da GM Fleet, braço de gestão para frotas terceirizadas que expandiu para serviço de locação da GM Financial. Antes com os clientes limitados a pessoa jurídica, desde o início do ano ampliou seus serviços para pessoa física.
Assim a projeção para este ano é de avançar em 600% o volume de veículos locados, ao saltar dos quinhentos no fim de 2024 para 3,5 mil em dezembro. Até o momento o número está em 2,8 mil ativos – expansão de 460%. Foi o que contou à Agência AutoData o diretor da GM Fleet, Max Fernandes.
Quanto ao faturamento em 2024 foram alcançados R$ 21 milhões e, este ano, o plano é incrementar a cifra em até 700%.
“Temos nos surpreendido positivamente com o passar do tempo. Nascemos focados em pequenas e médias frotas, de vinte a cinquenta carros, após notar que estavam desassistidos. E, agora, atendemos grandes frotas, com mais de seiscentos veículos, e também o consumidor final.”
A carteira de clientes da GM Fleet hoje é composta por 250 empresas, de diversos portes, e o plano é levar este número a quatrocentas até o encerramento de 2025, alta de 60%. Quanto ao número de assinaturas para pessoas físicas o executivo contou que já há cem adesões:
“Ainda tratamos dentro de casa como um projeto piloto, para ver se temos aderência do cliente. Ao que tudo indica há espaço para continuarmos expandindo. O plano é dobrar o número até o fim do ano”.
Fernandes reconheceu que o momento econômico de Selic em 15% ao ano e maior restrição no acesso ao crédito tem impulsionado a procura por locação por parte dos consumidores. O contrato exclui a opção de usar o veículo como aplicativo de transporte por causa do uso mais severo: “O serviço de carros por assinatura tem crescido dez vezes mais para pessoa física do que o aluguel de curta duração e o de longa duração para empresas. Nos últimos anos houve salto de 30% frente a 3,5% das outras modalidades”.
Foco é obter 5% do mercado até o fim do ano
A GM Fleet está, segundo Fernandes, no Top 10 das locadoras, com a ressalva de que as três primeiras detêm 70% do mercado: Localiza, Movida e Unidas. As outras, citou, têm frotas de 3 mil a 6 mil veículos. E, ao atingir 3,5 mil ativos, a participação pretendida chegará a 5%.
Quanto ao potencial deste mercado, o executivo classificou como “enorme” ao estimar a existência de 870 mil veículos no que chamou de ecossistema terceirizado, sendo que o mercado de veículos corporativos conta com 5 milhões de unidades.
A meta para os próximos três anos é seguir crescendo na mesma proporção: “Estimamos que em 2026 devemos adicionar à frota 4 mil a 5 mil veículos”, ou seja, aumento de 150%. E a partir daí mais ou menos nesta proporção por ano: “Não estamos preocupados em ser grandes, mas em ser consistentes e continuar escalando, oferecendo serviço diferenciado ao cliente”.
Spark entrará no portfólio até o fim do ano
A novidade é que o 100% elétrico Spark entrará no portfólio e deverá estar disponível na frota até o fim do ano. “Já estamos com demanda grande pelo modelo”, assinalou Fernandes, ao projetar que a assinatura para contrato de doze meses deverá custar de R$ 2,5 mil a R$ 3,5 mil – valor similar à do SUV Tracker.
“Até pouco tempo atrás era comum questionarmos, nas discussões de frotas, quando o cliente iria eletrificar. Era algo mais focado nos carros de diretoria. Normalmente o TCO amplia a economia em 20% quando você terceiriza, e uma frota eletrificada, dependendo do tipo da utilização, pode trazer até 60% de redução nos gastos.”
A expectativa para a locação do Spark é que ele ocupe fatia de 5% a 10% do portfólio, que é representado, em mais de 50%, e respectivamente, por Onix, Onix Plus, S10, Tracker e Montana. Há, ainda, no meio dos elétricos, o Equinox e a Blazer RS – que integra frota da Presidência da República.