Tudo em todo lugar ao mesmo tempo é o nome de um filme famoso de 2022, mas poderia ser uma frase para definir o momento da Volkswagen. Só que ao contrário das realidades paralelas que se entrecruzam no longa-metragem, no caso da Volks são realidades palpáveis que envolvem a nova picape anti-Toro, produção do Tera e aumento das vendas.
Nesse roteiro com várias frentes, a fabricante retomou recentemente as operações da planta de São José dos Pinhais (PR). A fábrica ficou parada em setembro para adequação da unidade para receber a linha de montagem da nova picape médio-compacta da Volks, mais uma anti-Toro do pedaço.
Fábrica da Volks tem flexibilidade para fazer picape anti-Toro
A montadora não dá detalhes sobre o cronograma de produção desse novo modelo. A unidade, que voltou às atividades para valer agora em outubro e retomou a produção do T-Cross, tem capacidade para 125 veículos/dia.
Nas projeções – e torcida – da Volkswagen, a fábrica paranaense vai ter flexibilidade para trabalhar com “dois carros de sucesso”.
“São dois carros de grande volume. Então, temos uma projeção de mix e vamos ver como o mercado reage em relação aos dois modelos, mas tenho certeza que o novo carro vai ser um sucesso também”, enaltece Ciro Possobon, CEO da Volkswagen, durante a apresentação do Taos 2026, em Atibaia (SP).
Para a picape anti-Toro, segundo o executivo, está tudo montado, com o sourcing – definição e integração de fornecedores – já decidido. Ciro não deu detalhes sobre o cronograma, mas a reportagem apurou que as primeiras unidades pré-série devem sair da linha no primeiro trimestre de 2026.
Parada na fábrica afetou vendas do T-Cross
A parada em São José dos Pinhais, obviamente, cobrou o preço no T-Cross. O modelo líder de emplacamentos entre os SUVs vinha em uma média de 7 mil unidades/mês, e caiu para menos de 5 mil licenciamentos em setembro.
“A gente se preparou, fez estoque. Mas vendeu muito e chegamos no meio de agosto sem estoque”, garante Ciro.
Efeito Tera
O T-Cross, assim como o Polo, também sentiram o efeito Tera. O crossover compacto lançado em junho foi o quarto carro de passeio mais vendido do país e o SUV mais emplacado em setembro, com 7.610 unidades.
O carro é mais um motivo de risos espontâneos por parte da fabricante alemã. A planta de Taubaté (SP), onde o Tera é feito, atingiu o ramp up de produção do SUV em setembro. O que significa volumes entre 7 mil e 8 mil unidades/mês.
Bom lembrar que a Volks nunca escondeu de ninguém que trabalha o Tera para ser protagonista de mercado tal qual Gol e Fusca foram no passado.
“Em setembro já chegamos realmente ao nível de produção que a gente queria. Agora vamos ver até onde o mercado vai. A gente tem uma estimativa de volume para 2026, não posso dizer exatamente qual o tamanho, mas o Tera é para ser um dos top de vendas no Brasil”, reforça o CEO da VW.
De emplacamentos a marca também não tem do que reclamar. A Volkswage obeteve o melhor desempenho comercial para um mês de setembrp desde 2014. Foram 39 mil carros emplacados e participação de mercado de 17%, atrás apenas da Fiat.