Campinas lidera Ranking do Saneamento 2025 e vai reabilitar mais 260 km de rede

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Única metrópole a atingir todas as metas antes do período estipulado pelo Novo Marco Legal do Saneamento Básico (2033), Campinas, SP, que alcançou o índice de 99,84% de atendimento total de água, 96,42% de coleta e afastamento de esgoto e 94% de tratamento de esgoto, levou o primeiro lugar no Ranking do Saneamento 2025, segundo o novo estudo do Instituto Trata Brasil. Em seguida, classificaram-se os municípios de Limeira (SP) e Niterói (RJ), respectivamente.

Segundo o Instituto, para produzir o ranqueamento, divulgado em julho deste ano, foram levados em consideração os indicadores mais recentes do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), ano-base 2023, publicado pelo Ministério das Cidades, além de uma ponderação de pesos na evolução dos indicadores estabelecida em metodologia criada em parceria com a consultoria GO Associados. Campinas, mais uma vez, recebeu nota 10 em todos os quesitos avaliados pela instituição.

Novo Marco Legal do Saneamento – Lei nº 14.026/2020, determina como meta para a universalização, que até 2033, os municípios atendam 99% da população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto.

Entre as ações que contribuíram para que Campinas atingisse as metas de universalização antes do prazo, e conquistasse o ranking nacional, está o Plano Campinas 2030, um investimento da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A) – empresa de economia mista do município – com mais de 100 obras por toda a cidade. O Plano teve início em 2021, visando reduzir a dependência do Rio Atibaia, reduzir perdas operacionais e aumentar a eficiência do sistema de abastecimento.

AÇÕES DO PLANO CAMPINAS 2030

Entre 2021 a 2024, um dos destaques do Plano Campinas 2030 foi a redução de perdas de água. Segundo Adriana Isenburg, gerente de Integração, Controle e Desenvolvimento Tecnológico da Sanasa, hoje, as perdas de distribuição de Campinas são de 17,26%, uma das mais baixas do Brasil (a média nacional é de 40%). “A tendência com as novas redes é de as quedas sejam ainda menores. Além disso, com a redução das perdas, diminui-se também a retirada de água dos rios”, explicou Adriana.

De acordo com a companhia, entre 2021 e 2024, Campinas deixou de retirar 3 bilhões de litros de água dos rios que abastecem a cidade, Capivari e Atibaia — volume suficiente para atender uma cidade de cerca de 50 mil habitantes por um ano.

Não obstante, o programa se destacou pela substituição de redes, que somou 473 km de troca. “Foram substituídos mais quilômetros no período do Plano (2021-2024) do que nos 27 anos anteriores do Programa de Redução de Perdas, quando se trocou 450 km”, ressaltou a gerente. O Programa de Redução de Perdas da Sanasa teve início em 1994.

PROGRAMA DE REDUÇÃO DE PERDAS E O MND

Desde 1994, a Sanasa reduziu a captação de água dos rios Capivari e Atibaia em mais de 611 bilhões de litros. Naquela época, eram retirados, anualmente, 116 bilhões de litros de água para abastecer 800 mil habitantes. Atualmente, o volume captado é de aproximadamente 106 bilhões de litros por ano, atendendo quase 1,2 milhão de moradores.

Empresas contratadas Plano Campinas 2030 (473 km de rede)

Cadre Engenharia

Metropolitana Ambiental

Construvap Construção e Comercio

Sialdrill Engenharia e Constução

D.B.O. Engenharia Ambiental

CDR Infra Instalação e Montagem

Norte Sul Hidrotecnologia Comércio

Restor Com. e Manut. de Equip. Eletromecanica

JWR Construções

Uma das ações realizadas em 1994 pelo Programa de Redução de Perdas foi a troca de redes executada pelo Método Não Destrutivo – MND. O engenheiro e consultor, Sérgio Palazzo, sintetizou os benefícios: “Imagine você, poder trocar toda uma rede de saneamento, sem abrir valas na frente das casas das pessoas, podendo levar água com transtornos mínimos nas ruas. Esse é o MND”.

O método consiste em dois sistemas: Furo direcional e mesmo caminhamento – Pipebursting. No primeiro, a nova tubulação é implantada diretamente no solo e no segundo sistema, utiliza-se a tubulação existente como tubo guia para a implantação da nova tubulação, visando minimizar ao máximo as interferências inerentes a obra junto a população e ao trânsito local. Para manter a população abastecida temporariamente durante as obras, são instaladas redes aéreas (By-Pass) com tubos de PEAD nos trechos em execução. Foram executados 473 km de redes, utilizando tubulações em PEAD-PE 100 (Polietileno de Alta Densidade), com diâmetros variando entre 63 mm e 500mm.

OUTRAS OBRAS E CRONOGRAMA DOS PRÓXIMOS ANOS

Além dos 473 km de redes, o Plano Campinas 2030 executou: 20 novos reservatórios, 286 km de novas redes de água (aí incluídas 40 km de novas adutoras), 200 km de novas redes de esgoto e 16 km de novos coletores e emissários de esgoto, ampliação de três Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s) e a conversão da ETE Anhumas em Estação de Produção de Água de Reúso (EPAR), o que fará Campinas atingir a marca de 50% de seu esgoto tratado em nível terciário. Ao todo, o plano soma mais de 100 obras realizadas no quadriênio 2021 a 2024.

Segundo Adriana, a previsão para os próximos 4 anos é a reabilitação de cerca de 260 km de redes, atendendo a aproximadamente 12 bairros. Além disso estão previstas obras de esgotamento sanitário, com melhorias nas estações de tratamento de esgoto, coletores tronco e interceptores, além de redes de esgotamento sanitário.

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