As gigantes da construção pesada no Brasil e seus principais projetos

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O peso da engenharia pesada na economia

A construção pesada é o pilar da infraestrutura nacional — responsável por ligar cidades, transportar energia, escoar produção e viabilizar o crescimento econômico.

De acordo com o Ranking da Engenharia Brasileira 2025, publicado pela Revista O Empreiteiro, o segmento de obras pesadas movimentou R$ 82,6 bilhões em 2024, representando mais de 60% do faturamento total das 500 maiores empresas de engenharia do país.

Após uma década marcada por crises, o setor voltou a crescer de forma consistente, impulsionado por concessões, PPPs e investimentos do Novo PAC 2025. Hoje, o mapa da engenharia pesada mostra um grupo sólido de gigantes nacionais e internacionais que protagonizam as maiores obras de infraestrutura do Brasil.

As líderes do ranking 2025

A edição 2025 do ranking revela as principais construtoras de obras pesadas no país, com destaque para grupos que mantêm presença contínua entre os maiores desde a década passada.

Onde estão atuando?

As gigantes da construção pesada concentram hoje seus contratos nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte, com destaque para:

São Paulo e Rio de Janeiro: polos de mobilidade urbana e saneamento.

Minas Gerais e Goiás: expansão de rodovias e obras de mineração.

Nordeste e Norte: implantação de parques eólicos, obras de energia solar e rodovias federais.

O Novo PAC 2025 e os programas estaduais de concessões (como o Parcerias SP e o Investe Paraná) criaram um ambiente de crescimento estável para grandes grupos de engenharia.

Os projetos emblemáticos

As empresas que figuram no topo do ranking estão por trás de algumas das maiores obras em execução no país:

Acciona: responsável pela Linha 6–Laranja do Metrô de São Paulo, um dos maiores contratos de mobilidade da América Latina, com investimento superior a R$ 15 bilhões.

OEC: executa trechos da BR-381/MG e BR-101/BA, além de projetos de transmissão de energia e saneamento integrado em estados do Nordeste.

Barbosa Mello: participa da ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Belo Horizonte e de obras em complexos mineradores em Minas e Pará.

Construcap: conduz projetos industriais para a Suzano e Raízen, além da construção de subestações elétricas.

LCM: forte presença na infraestrutura de mineração e siderurgia, com contratos junto à Vale e Gerdau.

OHL e Serveng: seguem na duplicação e manutenção de rodovias federais, sob contratos do DNIT e da ANTT.

Esses projetos, além de movimentar bilhões, empregam milhares de trabalhadores diretos e indiretos, fortalecendo a cadeia de suprimentos nacional.

O papel do investimento público e privado

Nos últimos anos, o modelo híbrido de financiamento de infraestrutura — combinando recursos públicos, PPPs e capital estrangeiro — consolidou o crescimento das líderes do setor.

O Novo PAC 2025, por exemplo, destina mais de R$ 240 bilhões para obras de mobilidade, saneamento e energia, muitas das quais executadas por empresas listadas entre as 25 maiores da engenharia pesada.

Ao mesmo tempo, o avanço dos fundos de infraestrutura e green bonds tem financiado projetos de energia renovável e sustentabilidade, áreas em que empresas como Acciona, EGTC e Álya têm se destacado.

Transformação digital e ESG

Outro destaque das gigantes é a digitalização dos processos construtivos.

O uso de modelagem BIM, drones, sensores IoT e gêmeos digitais já faz parte do dia a dia de empresas como Construcap, Racional e OEC.

Essas ferramentas reduzem retrabalhos, aumentam a precisão e elevam o padrão de controle ambiental.

No campo ESG, a Barbosa Mello e a LCM investem em sistemas de reuso de água e redução de emissões em canteiros, alinhando-se à meta global de construção de baixo carbono.

O futuro da construção pesada no Brasil

Com a retomada dos investimentos e a maturação de novos contratos, o setor vive um momento de virada tecnológica e institucional.

As empresas que dominaram a última década estão adaptadas a um ambiente de maior exigência ambiental, transparência e inovação.

A OEC segue como referência em grandes obras de infraestrutura, mas novos players nacionais vêm ganhando terreno com soluções ágeis e especializadas — um sinal de que a engenharia pesada brasileira entra em um novo ciclo de competitividade.

As gigantes da construção pesada no Brasil — OEC, Acciona, Barbosa Mello, Construcap, LCM e outras — continuam a moldar o território nacional com obras estratégicas em mobilidade, energia, saneamento e logística.

Mais do que números de faturamento, essas empresas representam o renascimento da engenharia nacional, agora orientada por inovação, sustentabilidade e eficiência.

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