Caminhões a hidrogênio ainda são mais curiosidade tecnológica do que solução para o transporte limpo neste lado do planeta. Na China, entretanto, gradualmente estão cada vez mais próximos de uma importante vertente para a mobilidade sustentável, mesmo ainda com números proporcionalmente ínfimos perto do universo da frota local.
Um exemplo nesse sentido são os movimentos encaminhados pela da GWM Hydrogen, que acaba de colocar em operação frota de 500 caminhões movidos a célula de combustível de hidrogênio ou FCEV, na sigla em inglês, na cidade de Baoding.
A empresa, braço da maior montadora chinesa inteiramente privada, já soma 1 mil veículos a hidrogênio que entraram em operação somente em 2025 e mais de 2 mil desde que começou a investir na tecnologia e em testes dinâmicos.
A nova frota é composta por 200 caminhões leves para transporte refrigerado e distribuição de alimentos. As 300 unidades restantes são de caminhões pesados com aplicações na indústria carvoeira.
Esses produtos, afirma a GWM, “demonstra a viabilidade e a maturidade da solução a hidrogênio para o transporte de cargas em larga escala, um dos segmentos mais desafiadores da mobilidade sustentável.
“O hidrogênio é uma das chaves para a mobilidade limpa, eficiente e de longo alcance”, afirma Davi Lopes, responsável pela GWM Hydrogen-FTXT Brasil.
A empresa vê o mercado brasileiro com papel fundamental na sua estratégia global para o desenvolvimento da tecnologia e do mercado. O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber um caminhão a célula a combustível da marca para testes e desenvolvimento.
Em parceria com o IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, de São Paulo, serão feitos estes e estudos conjuntos voltados à segurança, desempenho e viabilidade do uso do hidrogênio em veículos pesados no País.