O mercado brasileiro de veículos tem se tornado nos últimos anos cada vez mais competitivo, e as marcas “made in China” tem contribuído fortemente para essa disputa. Entre aquelas que já desembarcaram por aqui, a Chery figura entre os principais casos de investimentos chineses no mercado automobilístico nacional.
Dentro do grupo, a Omoda & Jaecoo lançou seus primeiros modelos no Brasil em abril, com o Omoda E5 e Jaecoo 7. Com o bom desempenho, a marca agora já prevê mais dois lançamentos ainda neste ano para o Brasil, além do novo modelo Omoda 4, que também deve chegar as concessionárias em 2026.
À CNN Brasil, Si Fenghuo, vice-presidente da Chery Internacional e CEO da Omoda Jaecoo no Brasil, disse que as vendas mensais da marca já ultrapassam as mil unidades. O executivo também reforçou a importância estratégica do mercado brasileiro para o grupo Chery.
Neste cenário, a fabricante chinesa estabeleceu uma meta ambiciosa de figurar próxima ao ranking das 10 mais vendidas no Brasil já no fim de 2026.
O crescimento no mercado nacional vem em linha com o que a companhia tem apresentado lá fora. Desde a sua criação, em 2022, a Omoda Jaecoo já está presente em mais de 40 países e soma mais de 510 mil vendas acumuladas – sendo considerada a montadora com crescimento mais rápido no mundo.
Os players chineses
No Brasil, mais de uma dúzia de marcas chinesas já circulam pelas ruas. Neste ano, a GWM inaugurou sua fábrica em Iracemápolis, no interior paulista.
Além dela, a própria Chery, JAC e BYD já se instalaram no país. Via importação direta, outras opções como Neta, Omoda & Jaecoo, GAC e Zeekr ocupam o cotidiano brasileiro. Outras quatro marcas – Changan, FAW, Dongfeng e BAIC – estudam o mercado nacional.
Segundo a Anfavea (Associação de Veículos Automotores), os veículos chineses foram 35% dos importados no Brasil entre janeiro e setembro deste ano. Excluindo dessa conta os países com os quais o Brasil possui acordos comerciais – Argentina, Uruguai e México -, esse numero cresce para 48%.
O percentual também condiz com os investimentos, com as marcas apostando cada vez mais em projetos industriais. No caso da Chery, o grupo segue estudando a possibilidade de utilizar a planta desativada da Caoa Chery em Jacareí, no interior paulista, para ser a fábrica da Omoda & Jaecoo no Brasil.
Se confirmado, será mais um exemplo dos investimentos robustos das montadoras chinesas no Brasil. A GWM, ao inaugurar sua unidade fabril no país, projetou um investimento de R$ 10 bilhões até 2032, com previsão de 900 novos postos de trabalho.