Basta andar pelas estações de metrô em São Paulo, principalmente no horário de pico, que entende-se os dados publicados em julho deste ano: a capital bateu a marca dos 11,9 milhões de habitantes segundo a Estimativa de População do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e também é considerada a primeira em número de passageiros, com 1,256 bilhão de pessoas em 2024.
Apesar de liderar no número de usuários, a capital paulista não é a primeira entre os 5 maiores sistemas de metrô da América Latina, quesito em que ocupa o quarto lugar, considerando a extensão de 377 km somando metrô e trens suburbanos. A grande São Paulo fica atrás de: (3º) Caracas – Venezuela, com 107 km de extensão; (2º) Santiago – Chile, com 149 km de extensão; e a líder (1º) – Cidade do México, com 217 km.
Para explicar esses fatores que diferenciam os sistemas metroviários e de trens, Gracie Cristina Oliveira Machado, engenheira elétrica e diretora de Sistemas da Systra, analisou o ranking publicado e esclareceu à revista O Empreiteirocomo funciona essa classificação dos maiores sistemas.
“Quando falamos de transporte sobre trilhos, entende-se que a soma é justificada e correta. Porém, entende-se que linhas de metrôs, trens e VLT’s possuem tecnologias e construção com custos e prazos bem distintos. A métrica utilizada nessa classificação foi puramente por extensão, não levando em conta outras características como tipo e quantidade de trens em circulação e tipo de operação adotada, que definem a capacidade de transporte de passageiros de cada linha”, explicou Gracie, que tendo como base os dados da matéria, comparou sobre São Paulo ter mais estações (91) que Caracas (49): “O fato de Caracas ter uma maior extensão que o Brasil, porém com uma menor quantidade de estações, nos deixa entender que provavelmente esse sistema atende não só a capital, mas também regiões próximas à Caracas”.
Sobre o diferencial entre os sistemas, Gracie argumentou: “Todo modal ao ser definido, antes tem que passar por um planejamento funcional da cidade a ser atendida, estudo de demanda analisando cenários futuros bem como demanda reprimida em virtude da superlotação, além da análise da região a ser implantado. Entre os modais temos: trens suburbanos e metrôs, consideramos também como transporte sobre trilhos, o VLT (Veículo Leve sobre Trilho) e o Monotrilho”, concluiu a engenheira, acrescentando que as obras sobre trilhos possuem vida útil sempre maior que 30 anos.
PROJETOS EM TRANSPORTE METROPOLITANO PELA SYSTRA:
Expresso São Paulo – Campinas: Projeto Funcional, Básico e Executivo de Sistemas
Linha 07: Projeto Funcional, Básico e Executivo de Sistemas
Trem Inter metropolitano (TIM) Jundiaí – Campinas: Projeto Funcional, Básico e Executivo de Sistemas
CBTU e Trensurb: Estudos de concessão
Segregação MRS: Projeto Básico de Infraestrutura
Linha 22: Projeto Conceitual
Pátio Tamanduateí da Linha 02: Projeto Executivo
Sistema de Energia em GIS nova estação Anália Franco Linha 02: Projeto Executivo.