As exportações das empresas de Rio do Sul, no Alto Vale, continuam em ritmo de crescimento e podem fechar 2025 com o melhor resultado em mais de uma década. De janeiro a setembro, o município embarcou US$ 119,6 milhões em produtos, um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A média mensal de exportações, cerca de US$ 13 milhões, indica que, se o ritmo for mantido no último trimestre, o desempenho anual poderá superar todos os registros dos últimos 14 anos.
Alimentos dominam a pauta
O setor de alimentos segue como o carro-chefe das exportações rio-sulenses, respondendo por 60,35% do total exportado. Em seguida aparecem tabaco (14,9%), máquinas e equipamentos (14,7%), madeira e móveis (5,22%) e produtos metalmecânicos (4,13%).
Mercados e desafios
A China, com 16,3% das vendas, é o principal destino dos produtos locais, seguida de México (14,3%), Estados Unidos (10,6%), Filipinas (10,5%) e Japão (8,45%).
Apesar do bom desempenho geral, houve retração nas vendas para os Estados Unidos, que caíram 77,7% entre agosto e setembro frente ao mesmo período de 2024. Analistas atribuem a queda a ajustes tarifários e novas exigências regulatórias impostas pelo país.
No cenário nacional, as exportações brasileiras diminuíram 5% no mesmo bimestre, sinalizando uma adaptação mais lenta de empresas com forte dependência do mercado norte-americano.
Com esse desempenho, Rio do Sul ocupa a 11ª posição entre os municípios catarinenses com maior valor exportado e figura na 334ª colocação no ranking nacional.