Mercado de caminhões está em iminente colapso, diz Anfavea

As vendas em queda livre no mercado de caminhões, puxado pelo mau desempenho comercial do segmento de pesados, levou a indústria a classificar o momento como o de colapso iminente, revelou na quinta-feira, 13, Igor Calvet, presidente da Anfavea.

“Já estamos ouvindo dos fabricantes que a situação é de iminente colapso, com reflexos na produção e no emprego”, disse o representante da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, durante a apresentação do balanço do setor em outubro.

O colapso visto pela indústria é ilustrado pelos números da indústria. A produção total realizada até outubro caiu 7% ante igual período no ano passado, saindo das linhas 108,7 mil unidades fabricadas nos dez meses do ano.

A produção menor é fruto de vendas 8% mais baixas no mercado doméstico entre janeiro e outubro, na comparação com o resultado registrado em mesmo intervalo em 2024. Foram vendidas no período 94,7 mil unidades.

As exportações deram algo de fôlego às montadoras, mantendo as linhas ocupadas. Foram embarcadas 24 mil unidades até outubro, 73% a mais sobre igual período no ano passado.

A Anfavea afirma que já foi feito todo o possível para que algo aconteça para melhorar o ambiente interno das vendas. O possível, no caso, foi articulação em Brasília (DF) para engrossar o discurso de que os juros precisam cair para que os financiamentos e o crédito voltem a ser viáveis.

“Diferentemente dos automóveis, cujas vendas só não foram menores por causa do programa Carro Sustentável, o segmento de caminhões não teve nenhum fomento que viabilizasse as compras. Do jeito que está o frotista está adiando a renovação da frota”, contou Calvet.

Ranking de vendas tem VW Caminhões e Volvo como líderes

Até o final de outubro, o ranking geral de vendas foi encabeçado pela Volkswagen Caminhões, com 25 mil unidades emplacadas, queda de 5% ante o mesmo período em 2024.

Na sequência, em segundo llugar, vem a Mercedes-Benz com 23 mil unidades emplacadas, alta de 10,5% ante o janeiro-outubro do ano passado. A Volvo vem em terceiro, com 16,8 mil unidades, 10% menos.

No ranking do combalido segmento de pesados, a Volvo é a líder em vendas com 12,9 mil unidades vendidas até outubro, 14,5% menos na comparação com o resultado dos dez meses do ano passado.

Scania (9,5 mil unidades, queda de 34,6%) e Mercedes-Benz (7,9 mil unidades, 0,7% mais) fecham o top 3 das vendas no acumulado do ano.

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