As exportações de veículos não tiveram um outubro dos melhores. Os 40,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhôes e ônibus que no mês cruzaram a fronteira rumo a outros países representaram queda de 6,8% frente ao resultado de igual mês de 2024 e um verdadeiro tombo de 22,7% na comparação com os embarques consolidados em setembro.
Foi o terceiro menor volume mensal de 2025, acima somente das 30,4 mil unidades janeiro, mês tradicionalmente fraco para o setor, e que praticamente repetiu as 40,5 mil de fevereiro, sabidamente com menos dias úteis. Agosto, aponta a Anfavea, teve o melhor desempenho mensal com 57,1 mil exportações.
O resultado de outubro muito abaixo, analisa Igor Calvet, presidente da entidade, tem como limitadoras, em boa medida, as transações com a Colômbia. Elas praticamente cessaram no mês passado. Precisamente, recuaram 92%.
O motivo foi o fim de acordo automotivo entre os dois países, que permitia a venda de até 50 mil automóveis brasileiros aos colombianos sem a taxação de 16,1%.
Na quarta-feira, 12, porém, o MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, informou que os governos dosdois países firmaram um novo tratado para manter a isenção tarifária sobre carros brasileiros vendidos no mercado vizinho por mais um ano.
O acordo reverteu a decisão unilateral da Colômbia que, em setembro, decidira não prorrogar a parceria, o que paralisou os embarques.
Apesar desse tropeço mensal, a Colômbia segue como o terceiro maior mercado das montadoras brasileiras no exterior. De janeiro a outubro, seguiram para lá 39 mil unidades, 38% a mais do que em igual período do ano passado.
Somente os embarques para a Argentina cresceram mais. Chegaram a 275,3 mil veículos, avanço de 112%. Em contrapartida, os negócios com o México recuaram 17,3%, para 66,5 mil unidades.
A Argentina, assim, segue folgada como o país que mais compra do Brasil. Sozinha, adquiriu 58% das 471,4 mil unidades despachadas para o exterior e que representam robusto crescimento de 43,8%.
Com 441,7 mil embarques, o segmento de automóveis aumentou em 51% as vendas fora do País. Caminhões e ônibus tiveram desempenho ainda melhor, com 29,7 mil veículos, 68% acima do resultado dos dez primeiros meses do ano passado.