Chinesas Omoda Jaecoo e GAC estudam produção no Brasil

Recém-chegadas ao Brasil as marcas com origem na China Omoda Jaecoo, por aqui desde abril, e GAC, desde maio, estimuladas pelo mercado de eletrificados em crescimento, não descartam produção local, porém ainda não conseguem dar pormenores ao justificarem que este é um passo seguinte à escalada de volumes. O tema foi abordado durante o Congresso Perspectivas e Tendências 2026, realizado por AutoData, pelos executivos Leonardo Aredias, diretor de pós-vendas e atendimento ao cliente da Omoda Jaecoo, e Luiz Fernando Guidorzi, diretor de marketing da GAC Brasil.

“No ano que vem o plano é ter fábrica no Brasil, talvez no segundo semestre. Existem ideias na mesa, não sabemos se será CKD, SKD ou se fábrica própria”, disse Aredias. “O mais importante é o compromisso com a produção local. É um passo natural para nós.”

Ele assinalou, também, que ainda não há regra nem conclusão sobre o modelo a ser adotado, se será elétrico ou híbrido: “Há muita discussão em torno disto, mas é certo que terá muito mais a ver com o volume do que com a tecnologia”.

Sobre a possibilidade de oferecer veículos flex a empresa, pertencente ao Grupo Chery, disse que detém o sistema.

Quanto ao número de concessionárias da Omoda Jaecoo, hoje 46, a ideia é chegar a noventa no ano que vem. Seu armazém em Cajamar, SP, iniciou com 600 m², hoje está em 1,5 mil m² e a perspectiva é ampliá-lo para 15 mil m².

Omoda Jaecoo projeta venda de 50 mil veículos em 2026

“Hoje vendemos média de 1 mil carros por mês, somando 6 mil até o momento e, no ano que vem, a meta é chegar a 2,5 mil por mês. Em 2026 haverá três lançamentos, sendo dois deles de volume”, contou Aredias. “Com os produtos que virão ao longo do ano que vem projetamos emplacar 50 mil veículos.”

Quanto à GAC Brasil Guidorzi reforçou a necessidade de, primeiro, alcançar volume para, posteriormente, apostar na produção local:

“O plano é ter uma fábrica no Brasil. Quando, e se teremos, espero que em breve possamos anunciar”, ele assinalou. “Sempre pensaremos o que for melhor para a cadeia. Antes de começar a vender carros já tínhamos montado um centro de distribuição de peças para suprir as necessidades do consumidor brasileiro”.

A empresa está animada com sua estreia, uma vez que foram comercializados, nos últimos três meses, 3 mil carros. A meta anunciada inicialmente era de 8 mil este ano e 29 mil no ano que vem.

“Viemos para construir uma história e deixar um legado, não só de vendas mas também social para o Brasil.”

GAC aposta em parceria com universidades e entidades locais

O diretor da GAC contou que a empresa já realizou investimentos em parcerias com universidades locais, como a Unicamp e a Universidade de Santa Maria, para formar centro de desenvolvimento de tecnologia e ajudar a criar produtos feitos por e para brasileiros: “Uma parte disso inclui estudos para nos ajudar com a localização da motorização flex”.

O executivo contou, ainda, que a empresa estabeleceu parceria com o Senai a fim de capacitar sua rede: o objetivo é chegar a cem concessionárias em 2026. Em sua estreia foram abertas 33 lojas.

Guidorzi citou o potencial do mercado eletrificado no Brasil, que em 2024 correspondia a 5% do total: “Se em 2025 chegarmos a 10% e, em 2026, 15%, teremos triplicado o volume”.

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