Salão do Automóvel volta a ser realizado depois de um hiato de sete anos

O Salão Internacional do Automóvel está de volta. Depois de sete anos de pausa, o maior evento do setor automotivo da América Latina retorna com um formato inovador, que reflete o momento de transformação da indústria nacional. Com 65 anos de história, o Salão é fruto da parceria entre a Anfavea e a RX (Reed Exhibitions).

O evento será realizado de 22 a 30 de novembro, no Distrito Anhembi, em São Paulo, e chega renovado, com a proposta de ser um espaço de experiência, tecnologia e mobilidade sustentável, em conexão com o que há de mais atual nos principais salões internacionais. Além dos tão esperados lançamentos e da maior pista indoor de test-drive do mundo, o público vai encontrar simuladores, espaços interativos e painéis sobre inovação e descarbonização que mostram o caminho da indústria brasileira rumo à transição energética.

“O Salão do Automóvel sempre foi um espelho do momento da nossa indústria. Nesta edição, queremos mostrar não apenas os produtos, mas o quanto o setor tem se reinventado em eficiência, inovação e sustentabilidade”, afirma Igor Calvet, presidente da Anfavea. “O retorno do evento é também um símbolo da força da indústria nacional, que vem ampliando investimentos, empregos e parcerias tecnológicas no Brasil”, complementa Calvet.

A volta do Salão do Automóvel ocorre em meio a um ciclo de retomada da produção nacional e de crescimento dos investimentos em inovação. Segundo dados da Anfavea, as fabricantes se comprometeram a investir R$ 140 bilhões no Brasil até 2033, especialmente em pesquisa e desenvolvimento, o maior plano de modernização já anunciado pelo setor. Os aportes se concentram em eletrificação, eficiência energética, conectividade e novas plataformas de produção.

Com isso, o setor automotivo brasileiro mantém sua relevância global, com fábricas ampliando capacidade de exportação e centros de engenharia focados em soluções para os mercados interno e externo. O movimento é acompanhado por avanços regulatórios e ambientais, com programas de descarbonização e de biocombustíveis, áreas em que o Brasil é referência mundial.

EDIÇÃO 2025 – A edição de 2025 já é histórica, com recorde de marcas (26 expositoras e 18 “supermáquinas”) e um formato que coloca a experiência do visitante em primeiro lugar. O evento leva o público a uma imersão no presente e no futuro da mobilidade,reunindo fabricantes tradicionais, novas montadoras, empresas de tecnologia e fornecedores no mesmo espaço. Além das principais montadoras associadas à Anfavea, o Salão conta com startups de mobilidade, universidades e parceiros institucionais, formando um ecossistema de inovação que conecta indústria, sustentabilidade e sociedade.

Grandioso, o Salão ocupa cinco pavilhões climatizados e interligados, totalizando 64 mil metros quadrados de área de exposição no novo Distrito Anhembi, completamente modernizado. A estrutura inclui entradas exclusivas, áreas temáticas e uma pista indoor inédita, formato inspirado nos principais salões internacionais, mas com identidade brasileira. Devem ser realizados 10 mil test-drives no circuito.

Mais de 300 veículos compõem a exposição, entre modelos elétricos, híbridos e a combustão, protótipos e conceitos de mobilidade urbana. Entre os destaques da programação estão uma arena de inovação, com demonstrações ao vivo de novas tecnologias e sistemas de propulsão; um espaço de sustentabilidade, com painéis sobre transição energética, descarbonização e biocombustíveis; o Dream Lounge, dedicado aos supercarros e ícones de design; o Custom Land, área voltada a veículos personalizados e cultura automotiva; a mostra de clássicos, celebrando sete décadas de história e paixão sobre rodas; e os painéis técnicos e institucionais, que vão discutir o futuro da indústria automotiva brasileira e global.

“O novo Salão é a vitrine da transformação da indústria nacional, que é tecnológica, conectada e sustentável. Queremos que o público viva uma experiência completa: admirar os carros, testar os modelos, ver a inovação e entender o papel do Brasil nessa nova fase da mobilidade”, reforça Igor Calvet, presidente da Anfavea.

INDÚSTRIA NACIONAL – O setor automotivo brasileiro responde por 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos e representa hoje cerca de 20% do PIB industrial brasileiro. Com 53 fábricas e presença em nove estados do país, as fabricantes de veículos tiveram, juntas, receitas de R$ 360 bilhões no ano passado e somaram R$ 252 bilhões em exportações.

O setor vive um ciclo de investimentos de R$ 190 bilhões até 2033, o maior da história. Desse total, as fabricantes de veículos serão responsáveis por R$ 140 bilhões, cerca de 74% dos aportes previstos – o restante virá da cadeia de autopeças. Um dos impulsionadores dessa fase de investimentos é o Programa Mover, que prevê incentivos para estimular inovação, eficiência energética e descarbonização.

A iniciativa reforça a política industrial e tecnológica que tem posicionado o Brasil no mapa global da mobilidade sustentável. O país é o oitavo maior produtor de veículos do mundo, o sexto maior mercado e apresenta condições de liderar a transição energética na América Latina. Dados da Anfavea mostram que os investimentos anunciados já estão se tornando realidade: neste ano, 25% dos emplacamentos de eletrificados vieram da produção local.

As exportações do setor cresceram 51,6% em 2025, com destaque para os embarques à Argentina, à Colômbia e ao Chile. “A indústria automotiva brasileira está em um momento de confiança e renovação. Os investimentos recentes das indústrias, aliados a políticas públicas como o Mover, mostram que o Brasil tem capacidade de competir em tecnologia e sustentabilidade. O Salão do Automóvel é a expressão dessa força”, afirma Igor Calvet, presidente da Anfavea.

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