Autoridades e empresários brasileiros e italianos se reuniram, em Roma, para discutir parcerias e os próximos passos do futuro acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Autoridades vão mapear oportunidades em setores como energia, mineração, agronegócio e tecnologia, e a avaliação é de que a parceria entre Itália e Brasil ganhe força com o avanço do tratado.
O encontro em Roma reforçou “o papel da Itália como parceiro estratégico” na busca pela aprovação do acordo, num momento em que países-chave, como a França, ainda apresentam obstáculos. Segundo o ministro da Agricultura italiano, a expectativa é de que, após os ajustes necessários, o acordo seja aprovado “de forma justa”, beneficiando todos os países envolvidos.
O ministro italiano também defendeu o princípio da reciprocidade, afirmando que tudo o que a Europa exige de seus próprios produtores deve valer para produtos do Mercosul. Se o tratado for assinado no próximo mês, como anunciou o presidente Lula, UE e Mercosul formarão um dos maiores mercados integrados do mundo, com mais de 700 milhões de pessoas, reduzindo tarifas, ampliando exportações brasileiras e atraindo investimentos europeus em infraestrutura e transição energética, ainda sujeito à aprovação do Parlamento Europeu.
No evento, o ministro Gilmar Mendes destacou que “o Brasil se destacou por mostrar uma grande capacidade de resistência institucional”, apresentando ao mundo uma imagem de resiliência democrática.