Na segunda quinzena de novembro a Bajaj passou a ter o controle total da KTM. O negócio, avaliado em 800 milhões, teve todas as autorizações regulatórias da União Europeia e coloca a fabricante indiana de motos como a principal acionista da empresa austríaca.
O negócio envolveu mudanças de participações acionárias da Bajaj na Pierer Mobility AG (PMAG) e na Pierer Mobility AG (PMAG), holding que reúne as operações da KTM AG e que tem capital listado na Bolsa de Viena. A participação da indiana na KTM, que era de 37,5%, passou para 74,9%.
Bajaj pode levar parte da produção da KTM para a Índia?
Com isso, o grupo Pierer sai definitivamente da estrutura acionária da KTM. Desta forma, a PBAG passa a se chamar Bajaj Auto International Holdings AG, e a PMAG foi rebatizada de Bajaj Mobility AG.
A montadora indiana adiantou que mudanças organizacionais ocorrerão no comando da KTM.
Também são aguardadas alterações nos planos industriais, com a possibilidade de transferência de parte do volume de produção da austríaca para plantas da Bajaj na Índia, onde a empresa tem capacidade produtiva de 7 milhões de unidades por ano.
Globalmente, a Bajaj Auto Limited reúne mais de 40 empresas e 36 mil funcionários, e é a terceira maior fabricante de motocicletas do mundo, com faturamento de US$ 4,13 bilhões no último ano fiscal. A companhia tem dois centros de pesquisa e desenvolvimento na Índia, e mais dois de design, na Espanha e Tailândia.
Como ficam as operações da Bajaj no Brasil
Procurada pela reportagem da AB, a Bajaj do Brasil afirma que nada muda nas operações locais. Em 2024, a marca inaugurou sua linha de montagem em Manaus (AM), que, em setembro deste ano, teve a capacidade produtiva mais que dobrada: de 20 mil/ano para 48 mil/ano.
A empresa fechou o primeiro semestre deste ano com mais de 11 mil motocicletas emplacadas. A marca monta cinco modelos no Amazonas atualmente: a Pulsar N150 e a linha Dominar nas versões NS160, NS200, 250 e 400.