Construção civil enfrenta desafios com juros altos, mas espera retomada em 2026, afirma empreendedor

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A construção civil, apesar dos desafios impostos pela alta taxa de juros, conseguiu abrir mais vagas de trabalho do que fechou no segundo trimestre de 2025, gerando 249 mil postos de trabalho. Em entrevista ao Real Time, Washington Vasconcelos, proprietário da Yonder, comentou sobre os impactos da alta da Selic no setor imobiliário e como a construção civil, apesar de obstáculos como a escassez de crédito e a escassez de mão de obra, continua a gerar empregos.

Vasconcelos destacou que o crescimento projetado para 2025 de apenas 2,3% representa uma desaceleração significativa em comparação com o ano passado, o que é motivo de preocupação para o setor. A alta da taxa de juros, que restringe o crédito, tem sido um dos principais desafios enfrentados pelos construtores.

“Acredito que o consumidor está vendo os bancos se movimentando para acelerar novamente os financiamentos”, disse Vasconcelos.

De acordo com Vasconcelos, a redução das taxas de juros anunciada por grandes bancos como o Bradesco e a Caixa Econômica Federal são sinais positivos para o setor, o que pode impulsionar a recuperação das vendas e das construções nos próximos meses. No entanto, ele alerta para a necessidade de um crescimento mais robusto, de pelo menos 5% a 6% ao ano, para evitar a estagnação no setor.

“O que aconteceu foi que as pessoas foram barradas pela dificuldade de crédito, por causa da Selic elevada e outros fatores econômicos”, explicou o empresário.

Vasconcelos também apontou que o mercado imobiliário de médio e alto padrão tem enfrentado dificuldades, com muitas incorporadoras buscando alternativas de financiamento, como fundos, para dar continuidade às obras. Ele destacou a expectativa de que, com a possível queda da Selic em 2026, o setor possa experimentar uma retomada no crescimento.

“Se facilitarmos o crédito, acredito que essa bolha vai passar de largo por São Paulo”, afirmou o empresário sobre os temores de uma bolha imobiliária.

Em relação à possível bolha imobiliária, Vasconcelos acredita que, devido à grande demanda e ao déficit habitacional, São Paulo não experimentará uma desaceleração brusca, mesmo que os preços dos imóveis sigam em alta. A migração da população para regiões mais centrais da cidade e o constante crescimento da infraestrutura local ajudam a sustentar a demanda.

Vasconcelos concluiu sua participação destacando que, apesar das dificuldades atuais, a expectativa para 2026 é positiva, com um crescimento potencial para o setor, desde que o crédito seja facilitado e a economia continue se ajustando. Ele acredita que o mercado imobiliário tem a capacidade de se recuperar, desde que sejam adotadas as estratégias corretas.

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