
Os investimentos previstos para a futura concessão das ferrovias do Corredor Paraná-Santa Catarina serão de R$ 4,7 bilhões, em contrato de 35 anos. Além disso, outro montante será usado para as despesas com a operação (Opex). São 1,5 mil km de linhas de trem, como segmentos nos dois Estados – em Santa Catarina, está em ferrovia entre Mafra e São Francisco do Sul, usada para a movimentação de cargas para o terminal portuário. Os ramais estão em operação.
O corredor é um dos três lotes da Malha Sul, em nova configuração divulgada na terça-feira pelo Ministério dos Transportes. Os leilões devem ser realizados até novembro de 2026, conforme cronograma apresentado ontem. Há ainda o Corredor Mercosul, com ferrovias entre SP, PR, SC e RS; e o Corredor RS.
Houve divisão em lotes para que segmentos sem eventual interesse pelo atual concessionário possam ser oferecidos a outros operadores. O detalhamento dos investimentos está em elaboração e ainda não há divulgação de quais obras serão realizadas. A atual concessão da Malha Sul foi concedida em lote único em 1997, com contrato até 2027.
O Corredor PR-SC tem potencial para movimentar até 32,6 milhões de toneladas por ano. O lote inclui o acesso ao Porto de Paranaguá, além de São Francisco do Sul. Atualmente, corredor soma 78% das cargas movimentadas na Malha Sul, conforme o Ministério dos Transportes – a fatia dos dois portos é de 80%. “Estudos de mercado e demanda indicam um crescimento significativo da movimentação de grãos, que poderá representar até 60% do total transportado neste eixo ferroviário, com destaque para soja, milho e farelo de soja”, apontou o ministério.
Confira mapa do Corredor SC/PR