
Em novembro, ampliando nosso universo de análise de empresas do setor de bens de capital, Iniciamos cobertura das ações da Frasle Mobility (FRAS3) e da Randoncorp (RAPT4), empresas líderes no setor de autopeças e soluções para mobilidade, tanto no mercado brasileiro quanto no exterior.
No caso da Frasle, a companhia possui um histórico consistente de crescimento orgânico e inorgânico, com CAGR de 25% da receita entre 2017 e 2024 e valorização de mercado de ~385%. Seu portfólio é altamente defensivo, com cerca de 90% da receita proveniente de produtos de consumo não eletivo, alta recorrência de troca e associados à redução de risco de acidentes, o que reduz a ciclicidade do negócio.
Já a Randoncorp, possui exposição a diferentes segmentos, como implementos rodoviários, autopeças, serviços financeiros e tecnologia, além de presença internacional relevante e capacidade produtiva instalada em diversos países. O controle das etapas da cadeia produtiva favorece a redução de custos, melhora as margens e aumenta a capacidade de inovação. O braço financeiro permite ganhos de sinergia e cross-selling¹, enquanto a integração com Frasle potencializa canais de distribuição e inteligência de mercado.
Confira análise completa, preço-alvo e recomendação de ambas as empresas através do link: Crescimento e valor em autopeças. BB-BI inicia cobertura de Frasle e Randoncorp.
Além disso, em setembro, recebemos Daniel Randon e Paulo Prignolato, Presidente e CEO; e Vice-Presidente e CFO da Randoncorp, respectivamente, pelo quinto episódio da séria Conversa com Quem Decide. Confira o vídeo aqui.
Em relação ao desempenho da indústria, os últimos dados do IBGE de outubro mostraram que a produção industrial variou 0,1% m/m, -0,5% a/a e 0,8% no acumulado de 2025, ficando 2,4% acima do patamar pré-pandemia porém 14,8% abaixo do nível recorde de 2011. Os destaques positivos foram a indústria extrativa, devido à maior extração de petróleo, minério de ferro e gás natural, e algumas atividades como vestuário, eletrônicos e veículos.
Já os Indicadores Industriais da CNI, confirmam um desempenho negativo da indústria de transformação. Os dados reforçaram a tendência de queda do setor. O faturamento real, o emprego, a massa salarial e a utilização da capacidade instalada recuaram na passagem mensal. Entretanto, o número de horas trabalhadas na produção e o rendimento médio do trabalhador permaneceram estáveis na mesma comparação, sugerindo que empresas estão, ao menos nesse momento, ajustando produção sem cortes drásticos de jornada ou salários. Além disso, o cenário indica uma possível pressão sobre margens e redução de investimentos no curto prazo.
Observamos essa dinâmica ao longo de todo 2025, com a indústria acumulando sinais de perda de ritmo e enfraquecimento. Dados da sondagem industrial reforçam ainda mais essa visão, com aumento de estoques indesejados e com a insuficiência da demanda interna. Para 2026, esperamos alguma recuperação do setor, porém ainda com manutenção dos principais desafios, como pressão de faturamento, excesso de estoques, baixa confiança do produtor, capacidade ociosa, alta carga tributária, juros restritivos e demanda interna fraca, além do aumento da competição com produtos importados.
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