Reduzir Custo Brasil é chave para transformar potencial em riquezas, empregos e bem-estar, diz diretor da CNI

O diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Jefferson Gomes, afirmou que o Custo Brasil é um obstáculo que precisa ser enfrentado com rapidez para que o país supere deficiências estruturais e se torne competitivo.

“Não é apenas uma questão contábil para as empresas, mas a chave para transformar o imenso potencial do país em riquezas, empregos de melhor qualidade e bem-estar da população”, disse Jefferson Gomes, na abertura do Seminário Custo Brasil, realizado pela Folha de S. Paulo, com apoio da CNI, no auditório do jornal na capital paulista.

O Custo Brasil é um conjunto de deficiências estruturais, burocráticas e econômicas que atrapalham o dia a dia dos negócios, encarecem a produção e desestimulam os investimentos, comprometendo o bom desempenho da economia nacional. Esse custo é estimado em R$ 1,7 trilhão por ano para as empresas brasileiras, o equivalente a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Oferta de energia e redução de juros devem ser prioridade

Jefferson Gomes destacou ainda que, por mais que a o país invista em educação e inovação, o Custo Brasil tem corroído o desenvolvimento, desestimulando a criação de empregos e elevando os preços para o consumidor. Ele observou que dois pontos são essenciais para que o país comece a reverter esse quadro: a oferta de energia renovável a preços competitivos e redução dos juros abusivos atualmente praticados no Brasil.

“A redução da taxa Selic, que está em 15% ao ano, é indispensável para destravar os investimentos produtivos e o consumo, que são essenciais para estimular o emprego e a renda no país. Precisamos também de uma energia com alta qualidade, potência e preço equilibrado. Isso requer a redução de encargos e subsídios, que, atualmente, representam 26% da conta de luz”, enfatizou o diretor da CNI.

Além disso, Jefferson Gomes alertou que é preciso ampliar investimentos em infraestrutura e adequar regulações para que o país avance na área de logística. “O diagnóstico está claro e as soluções são conhecidas. Não podemos mais perder tempo repetindo análises e estudos. É hora de partir para a ação. Nossa expectativa é que o poder público continue sendo um parceiro do setor produtivo nessa agenda tão relevante para o desenvolvimento das nossas empresas e do país”, pontuou.

Também participaram do seminário Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES; Paulo Henrique Dantas, advogado especialista em Infraestrutura e direito público; Jorge Lima, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico de São Paulo; Paulo Furquim de Azevedo, professor do Insper; e Hadassa Santana, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Conheça a Campanha Custo Brasil

Neste ano, a CNI estreou nova campanha sobre o Custo Brasil, em que apresenta os principais entraves como vilões do desenvolvimento e da competitividade do país.

Seis personagens representam os principais fatores para a conta de R$ 1,7 trilhão por ano desperdiçados no Brasil, de acordo com dados do Observatório Custo Brasil (OCB). Jurássio, o monstro que representa a alta taxa de juros; a Infradonha, com o custo das obras paradas e as consequências da ausência de ampliação e diversificação da matriz logística; o Burocratus, com a morosidade da burocracia; Custo Circuito, que representa o valor da energia para lares e empresas; o Tributácio, mostrando que os tributos estão por todos os lados; e o Baiacusto, que reúne o peso de todos eles, representando as perdas do Custo Brasil.

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