Borgwarner terá turbo em motor 1.0 flex nacional inédito

A Borgwarner será a fornecedora de turbocompressor para um inédito motor 1.0 flex que entrará em produção a partir de janeiro de 2027.

A montadora contratante é algo que ainda está oculto por trás do biombo corporativo, mas, segundo a fabricante, a empresa em questão tem fábrica no país e é um cliente inédito.

Ele será a terceira montadora do segmento de veículos leves atendido no país pela Borgwarner, afora Volkswagen e Stellantis. A reportagem de AB apurou que não se trata, contudo, de uma fabricante de origem chinesa.

“Não vai nos proporcionar volumes altos como Stellantis e Volkswagen, mas é uma quantidade importante”, disse Melissa Mattedi, diretora geral da fábrica da Borgwarner de Itatiba (SP), onde são produzidos turbos e outros componentes para motores de modelos leves e, também, pesados.

Antes do modelo inédito entrar no mercado, a Borgwarner vai preparar a fábrica para realizar a montagem do novo conjunto de turbocompressor.

A linha onde será realizada essa montagem – que contará com peças de fornecedores da Borgwarner locais – será importada e começará a ser instalada em julho de 2026, em Itatiba.

O cronograma, segundo a executiva, seguirá com contratações de funcionários, treinamento desse quadro novo, testes na linha e, por fim, o início da produção em janeiro de 2027.

A executiva disse, ainda, que o modelo de produção será uma espécie de reprodução do que a empresa já fazia no exterior atendendo a este mesmo cliente.

“O produto já está desenvolvido, nós vamos reproduzir aqui o turbo uma vez que essa montadora decidiu nacionalizar o seu fornecimento. No exterior já é um cliente nosso”, contou a diretora-geral.

Crescimento de 25% do faturamento em 2025

A Borgwarner deve encerrar o ano com um faturamento no país 25% maior do que o registrado no ano passado. A empresa não citou valores, mas considerando o mal momento do segmento de caminhões, que no passado representou fatia importante nos negócios, o faturamento maior é algo a se comemorar.

De acordo com Melissa, as perdas de receita no segmento de caminhões e ônibus foi suplantada pela receita obtida com os negócios envolvendo veículos leves.

A executiva disse ainda que hoje os negócios no segmento de automóveis correspondem a 70% do faturamento da companhia no país, com os 30% restantes obtidos nos negócios envolvendo pesados.

Por outro lado, não faz muito tempo em que eram esses os negócios que representavam maior pedaço no total faturado pela companhia por aqui.

O movimento é considerado natural, uma vez que a empresa passou a ganhar mais presença no mercado de leves depois que experimentou uma espécie de boom a partir do contrato firmado com a Volkswagen para fornecimento de turbocompressores para os modelos TSI da montadora.

Na sequência veio o contrato com a Stellantis, que elevou a presença da Borgwarner no segmento de leves.

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