Governo define meta de eficiência energética dos veículos para 2027

A AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, espera a partir desta quinta-feira, 11, a publicação de uma das mais aguardadas e trabalhosas regulamentações do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, que direciona a política de desenvolvimento do setor automotivo no País. Trata-se da portaria que define metas e incentivos de eficiência energética dos veículos.

Esta regulamentação é aguardada ansiosamente, desde o início deste ano, por fabricantes de veículos e autopeças, pois definirá a estratégia tecnológica que cada um adotará para cumprir a meta, escapar de punições e, preferencialmente, superá-la para ganhar incentivos fiscais.

Everton Lopes, vice-presidente da AEA e diretor de pesquisa e desenvolvimento da Mahle, afirmou que este é um dos principais trabalhos consultivos da entidade este ano para definir a regulamentação junto ao MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Segundo ele as metas de eficiência, com consequente redução de emissões de CO2, foram ajustadas a partir de negociações com o governo e devem atender aos pleitos da indústria, de endereçar a evolução das regras sem onerar demais os custos de produção.

Melhoria de 11% a 12%

A expectativa é que a portaria fixe meta de melhoria da eficiência energética média para todos os veículos leves, do tanque à roda, em torno de 11% a 12% em relação a novembro de 2023, quando foram feitas as últimas medições, ainda sob a regulamentação do Rota 2030, que estipulou avanço de 11% e relação ao aferido em 2022.

Com a meta, punições e os incentivos conhecidos as empresas vão definir suas estratégias tecnológicas para realizar a medição de partida, de sua frota de veículos à venda, em setembro de 2026. Um ano depois, em 2027, será realizada a medição de conferência para determinar quem cumpriu, não cumpriu ou superou os objetivos, fazendo jus a incentivos, multas ou ficando no zero-a-zero.

Em setembro do ano que vem cada fabricante poderá assumir compromissos em relação à superação de metas, já contabilizando incentivos a partir da frota que estará à venda ao longo do período até 2027, incluindo aí os lançamentos de novos carros que serão feitos. Caso os objetivos prometidos não sejam cumpridos nas auditorias a empresa terá de devolver os incentivos recebidos corrigidos.

Em uma avaliação inicial Lopes observa que será muito difícil cumprir ou superar a meta de eficiência energética do Mover sem a utilização de eletrificação. Portanto é esperada nos próximos dois anos uma onda maciça de lançamentos de veículos híbridos com variados tipos de tecnologia para alcançar e, se possível, superar os objetivos.

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