A Transpetro faz um balanço positivo do programa de renovação e modernização da frota de navios. Além dos 16 navios previstos no plano de negócios da Petrobras para o período 2025-2029 (4 Handy, 8 gaseiros e 4 Medium Range — MR1), existe a possibilidade de um novo edital com mais quatro navios que estão em estudo, conforme o plano de negócios 2026-2030 da holding, aprovado no final de novembro. Confirmando esse novo edital, a subsidiária de transporte e logística alcançará a marca de 20 novos navios para serem incorporados às suas operações nos próximos anos.
A princípio, está em estudo a possibilidade de que sejam quatro navios Medium Range (MR2). “Queremos terminar a licitação do MR1 e ver a possibilidade de lançar, no ano que vem, esses quatro MR2 para, até o final do ano (2026), termos essa licitação concluída e entregar licitado a construção de 20 navios nesses quatro anos [de gestão]”, projetou o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, em entrevista exclusiva à Portos e Navios.
Bacci lembrou que o programa do ciclo anterior (Promef) licitou 42 navios, sendo que foram entregues 26 navios, num período mais longo — 12 anos. “Estamos colocando licitações na rua de 20 navios em quatro anos. Estamos sendo bem mais céleres do que foi no passado. Vamos praticamente dobrar a frota de navios da Transpetro nesses quatro anos que estamos aqui”, destacou.
Os quatro Handy devem começar a ser construídos em março de 2026, considerando o início do corte das chapas. Esses petroleiros serão construídos pelo Estaleiro Rio Grande (RS), da Ecovix, e concluídos no Estaleiro Mac Laren, em Niterói (RJ). As donas dos dois estaleiros compõem o consórcio Marenova, que venceu a licitação, cujo contrato foi assinado em fevereiro.
O investimento total dessa encomenda dos Handy é de US$ 278 milhões. O contrato de eficácia, que permitiu a liberação dos primeiros recursos para a obra, foi anunciado em agosto, durante a Navalshore. “O estaleiro está na fase final do projeto. Já está comprando aço e deve começar a cortar chapa entre final de fevereiro e março de 2026”, relatou Bacci. A expectativa é que os navios sejam lançados entre 18 e 20 meses após o começo do corte das chapas.
No edital dos gaseiros, a Transpetro pretende homologar os resultados da licitação até o final de 2025. Já para os quatro navios classe MR1, de 40.000 toneladas cada, cujo edital foi lançado em novembro, a previsão é que as propostas sejam abertas em fevereiro de 2026, antes do Carnaval.
“Temos tido consultas [sobre os MR1] de vários estaleiros, inclusive brasileiros. Aguardamos as propostas em fevereiro”, afirmou Bacci. Outro destaque é a licitação para 18 barcaças e 18 empurradores, cuja abertura das propostas está prevista para a próxima sexta-feira (12). “Estou bem confiante que será uma licitação bastante competitiva de barcaças e empurradores”, acrescentou.
Aliviadores
Em março, a Transpetro também anunciou a contratação de nove navios de posicionamento dinâmico de alta tecnologia da classe Suezmax DP2. Os aliviadores irão dobrar a capacidade atual de alívio das plataformas do Sistema Petrobras de 700.000 toneladas de porte bruto (TPB) para 1,35 milhão de TPB até 2028.
A vencedora foi a empresa Tsakos Energy Navigation (TEN). A contratação dessas embarcações foi realizada por meio de consulta internacional ao mercado conduzida pela TIBV, subsidiária holandesa da Transpetro. “Esses navios estão sendo feitos na Coreia e têm que ser entregues para nós até 2028”, comentou Bacci.