A VPorts, concessionária que administra os portos do Espírito Santo, anunciou neste mês de dezembro um investimento total de R$ 100 milhões para receber operações ferroviárias, agregando a eficiência logísticas às operações portuárias. O aporte será aplicado viabilizar as operações no Cais de Capuaba, que prevê modernização do modal ferroviário.
Segundo a Vports, foi firmado um contrato, válido por 17 anos, com a Multlift, que prevê a construção, ainda no primeiro semestre de 2026, de uma moega ferroviária exclusiva para descarregamento de ferro-gusa, que chegará diretamente no porto. A operação da carga ocorrerá por meio de parceria entre Autoridade Portuária privada, Multilift e a concessionária VLI.
Outros projetos incluem, ainda, a recuperação da pera ferroviária, ampliação de capacidade estática para granéis sólidos, melhoria de infraestrutura, além de investimentos em automação.
“A celebração deste contrato de 17 anos nos trará ganhos de eficiência e produtividade na movimentação de cargas pelo Espírito Santo, representando um passo estratégico para elevar a competitividade logística do Estado. E esse é o só o começo. Fechar um contrato de longo prazo, aliado à integração do porto com a ferrovia, abre inúmeras possibilidades de desenvolvimento e diversificação”, comentou Rafael Fattorelli, Diretor Presidente da Multilift.
Com a futura operação do ferro-gusa e os avanços e investimentos no modal ferroviário, a tendência é de ampliação das opções do mercado visando fortalecer o Espírito Santo como um hub multimodal de relevância.
“A recuperação de toda a estrutura em Capuaba e a preparação para o início das operações em 2026 têm importância estratégica por favorecer a atração de novas cargas e a abertura de outras rotas, como uma possível e inédita ligação entre o Espírito Santo e o Centro-Oeste como um todo, além de destinos mais específicos como Goiás e o Triângulo Mineiro”, afirmou o diretor-presidente da Vports, Gustavo Serrão.
O executivo destacou, ainda, que 2026 será um ano impulsionado pela vocação multipropósito dos portos administrados pela Autoridade Portuária privada, além da multimodalidade e localização estratégica.
“A preparação para início das operações ferroviárias somada à possibilidade de receber navios com porte bruto maior, de até 83 mil toneladas, ampliará as possibilidades de trabalhar granéis, como grãos e fertilizantes – esse último um dos grandes destaques de movimentação de 2025”, completou Serrão.
Desde a concessão da antiga Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), a Vports já fechou 16 novos contratos que resultaram em mais de R$ 600 milhões em investimentos.