Agricultura 5.0 exige mais internet no RS, que tem metade do campo conectada

O Rio Grande do Sul tem mais da metade do campo conectado, ou seja, com acesso à internet. No indicador de zero a um da organização Conectar Agro, o Estado fica com 0,55. A média do país é 0,49. O dado é de abril deste ano. Mas veja que a tecnologia pode e precisa avançar bastante neste espaço que sobra.

— Poderia ser ampliada a rede pública com recursos do FUST, fundo das privatizações da telefonia que é pouco utilizado — afirmou a presidente da Conectar Agro, Paola Campiello, durante o evento Campo em Debate – Conectividade que Transforma, mediado pela coluna na Casa RBS na Expointer, em parceria com a TIM.

Diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT e 5G da TIM Brasil, Alexandre Dal Forno lembra que a conectividade é ponto de partida para a chamada agricultura 5.0, na qual dados em tempo real permitem decisões ágeis e eficientes.

— Usar dados de sensores de uma máquina agrícola é a parte externa do iceberg. Quando tem a conectividade, tem dados. Quando tem dados, consegue usar inteligência artificial, linguagem de máquina, para trabalhá-los e ter insigths (ideias/percepções). Já pode agir nesta safra, sem esperar a seguinte — argumentou Dal Forno.

O primeiro passo é observar quantas torres a propriedade precisa, depois é feito o projeto, o orçamento e estimado o retorno do investimento.

O professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Maiquel Canabarro, quer que instituições de ensino ajudem produtores rurais a escolher a tecnologia que precisam. Um exemplo é Lauro Ribeiro, diretor da Agropecuária Canoa Mirim, que conectou das pessoas às máquinas agrícolas, usando os dados obtidos para tomar decisões.

— Por exemplo, eu preciso que você mande um caminhão lá no fundo da lavoura para buscar a colheita. Se não consigo falar contigo (sem conectividade), tenho que andar 30 quilômetros até lá — explica Ribeiro.

E como o óbvio às vezes tem que ser dito, Canabarro reforça que a tecnologia em áreas rurais é essencial para fortalecer as cidades e as regiões onde o agro se desenvolve.

— Como faço meninos e meninas ficarem no Interior? Preciso criar demanda para eles lá, o que só vou conseguir se criar um ecossistema — diz.

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