Argamassa polimérica corta até 30% do custo da obra; veja como

A construção civil brasileira está em plena revolução com a adoção crescente de uma novidade que promete otimizar tempo e reduzir custos: a argamassa polimérica.

Este material pronto, que dispensa ingredientes tradicionais como cimento e água, está rapidamente ganhando espaço nos canteiros de obras de todo o país por sua praticidade e eficiência no assentamento de blocos e alvenaria de vedação.

De acordo com pesquisas acadêmicas recentes, a argamassa polimérica não só simplifica o processo de assentamento, mas também pode cortar o custo total da obra em até 30%. Além disso, a sua aplicação ágil está diminuindo significativamente os prazos de entrega, transformando a produtividade das equipes.

As vantagens vão além da economia financeira, englobando também a sustentabilidade e a melhoria da logística no canteiro de obras. Empresas e construtores que buscam eficiência e um processo mais limpo encontram nesta tecnologia uma resposta eficaz para as demandas atuais do mercado.

O que é e como funciona a argamassa polimérica

Em primeiro lugar, é importante entender a composição do material. A argamassa polimérica é, essencialmente, uma mistura pronta que utiliza polímeros e cargas minerais.

Justamente por essa composição, ela dispensa totalmente o uso de cimento e, o que é mais prático, não exige água ou o uso de betoneira para preparo. Ela já chega ao canteiro pronta para ser usada.

No momento da aplicação, o processo é ágil e limpo. Os operários aplicam apenas dois cordões horizontais da massa sobre os blocos, resultando em juntas muito mais finas do que as tradicionais.

Vale a ressalva de que a primeira fiada da obra geralmente precisa ser assentada com argamassa comum, pois é ela quem garante o nivelamento ideal da base. A ABNT NBR 16590 regulamenta o uso dessa argamassa em alvenaria de vedação, garantindo a segurança e o desempenho.

Redução de custo e aumento de produtividade

A principal atração da argamassa polimérica é o impacto direto no bolso e no cronograma. Pesquisas já apontam economia real na construção civil. Por exemplo, um estudo realizado pela PUCRS em 2024 comparou duas obras no Rio Grande do Sul e verificou que o custo do assentamento caiu 17%.

Mais impressionante ainda, o prazo para a conclusão da etapa de assentamento despencou de 46 para 20 dias úteis.

Além disso, um levantamento anterior, publicado na revista Espacios em 2017, indica que o rendimento da argamassa polimérica pode ser até 20 vezes superior ao da massa convencional, o que permite que a economia chegue a cerca de 30% em determinados cenários.

Ou seja, a produtividade aumenta e engenheiros que já utilizam a técnica relatam um melhor desempenho geral, com significativa redução do tempo de obra.

Sustentabilidade e canteiro de obras mais limpo

A questão ambiental também joga a favor deste novo material. Como a argamassa polimérica não leva cimento e utiliza pouca areia, ela ajuda a construção civil a reduzir a emissão de CO2 na atmosfera, um dos grandes desafios do setor. Ela também contribui para diminuir a extração de areia dos rios, um recurso natural sensível.

Como resultado, o canteiro de obras se torna um lugar mais organizado e sustentável. Há menos entulho, menos desperdício de material e menos etapas logísticas, facilitando a limpeza e o gerenciamento de resíduos.

Atenção: cuidados essenciais para a aplicação

Entretanto, para garantir o sucesso e a segurança da obra, alguns pontos de atenção são cruciais. Primeiramente, o treinamento da mão de obra é essencial. Falhas no nivelamento inicial podem comprometer todo o trabalho com juntas finas.

Adicionalmente, para que as juntas finas sejam executadas corretamente, os blocos utilizados devem estar dentro de rigorosas tolerâncias de medidas. Por fim, no caso de paredes estruturais, a argamassa polimérica ainda requer cautela. A recomendação da NBR 16868 é ser seguida à risca, pois ainda faltam ensaios específicos para o uso exclusivo do material em estruturas de suporte.

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