As 5 maiores empresas de engenharia do Brasil em 2024 segundo o Ranking 500 Grandes

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A retomada da engenharia brasileira

O setor de engenharia no Brasil vive uma das fases mais dinâmicas das últimas décadas.

De acordo com o Ranking 500 Grandes da Engenharia Brasileira 2025, elaborado pela Revista O Empreiteiro, as 190 maiores empresas do país faturaram juntas R$ 143,81 bilhões em 2024 — um crescimento acumulado de 147% desde 2018.

O levantamento aponta uma recuperação consistente após o período de retração que começou em 2012.

Os investimentos em infraestrutura, energia e saneamento ganharam fôlego com as novas rodadas de concessões e PPPs, abrindo espaço para o fortalecimento de grandes construtoras e o surgimento de novos players regionais.

O top 5 da engenharia nacional em 2024

As líderes do ranking refletem a diversidade e o novo perfil competitivo do setor.

Confira quem está no topo e como cada empresa se posiciona nesse novo cenário.

1. OEC – Odebrecht Engenharia e Construção

A OEC mantém a liderança do setor pelo segundo ano consecutivo.

Com um portfólio que inclui obras de infraestrutura, energia e saneamento em todo o país, a companhia tem investido fortemente em governança, digitalização e sustentabilidade.

Entre seus contratos recentes, destacam-se projetos em energia renovável e mobilidade urbana, consolidando sua presença em mais de 10 estados brasileiros.

2. Acciona Construcción

A multinacional espanhola reforçou sua atuação no Brasil, especialmente em transporte e saneamento.

Responsável por grandes empreendimentos como a Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo e concessões de saneamento em parceria com governos estaduais, a Acciona combina expertise internacional com tecnologia de pontae foco em infraestrutura sustentável.

3. OHL Brasil (Arteris)

Tradicional no setor rodoviário, a OHL — atual Arteris S.A. — mantém posição entre as maiores empresas de engenharia do país com forte presença em concessões de rodovias federais e estaduais.

Seu modelo de negócios consolidado em infraestrutura logística e gestão de rodovias inteligentes faz dela um dos principais agentes privados do setor de transportes.

4. LCM Construção e Montagens

Com sede em Minas Gerais, a LCM é exemplo de empresa nacional que ganhou espaço ao atuar em obras industriais e de infraestrutura pesada.

O ranking mostra que a companhia teve crescimento expressivo de receita nos últimos dois anos, especialmente em projetos ligados à mineração, energia e saneamento.

Sua estratégia de expansão combina solidez técnica e diversificação de contratos, atuando em várias regiões do país.

5. Construtora Barbosa Mello (CBM)

Fundada há mais de 60 anos, a Barbosa Mello é uma das mais tradicionais empresas de engenharia do país.

Com atuação em infraestrutura viária, obras industriais e saneamento, a CBM vem se destacando por adotar práticas de inovação, governança e sustentabilidade, o que reforça sua posição entre as líderes nacionais.

Um mercado em transformação

As empresas do top 5 representam o que há de mais avançado na engenharia nacional:

Gestão orientada por tecnologia — uso de BIM, drones e dados em tempo real para monitoramento de obras;

Parcerias público-privadas e capital privado como principais motores de investimento;

Expansão internacional e integração regional — grandes construtoras ampliando presença fora do eixo Sudeste;

Compromisso ESG — foco em eficiência energética, reciclagem e redução de emissões.

O que explica o sucesso das líderes

Essas empresas se destacam por equilibrar escala, inovação e capacidade de execução.

Segundo o levantamento, os maiores contratos de 2024 se concentraram em obras de saneamento básico, ferrovias e energia renovável — setores estratégicos do novo ciclo de crescimento da engenharia brasileira.

Outro ponto-chave é a diversificação de portfólio.

Empresas que tradicionalmente atuavam apenas em infraestrutura passaram a investir também em serviços especializados, gestão de ativos e soluções ambientais, ampliando sua resiliência financeira.

O impacto regional

O Sudeste segue como o principal polo de engenharia do Brasil, concentrando mais de 70% do faturamento total.

Mas há um movimento de desconcentração: companhias do Sul e do Centro-Oeste apresentaram os maiores índices percentuais de crescimento, impulsionadas por obras de energia e logística.

Esse fenômeno indica que o setor está se tornando mais descentralizado e competitivo, abrindo espaço para médias empresas ganharem visibilidade nacional.

Perspectivas para 2025

Com o avanço das concessões e o aumento da confiança do setor privado, a expectativa é de crescimento contínuo, embora moderado, até 2028.

A digitalização e a transição energética devem definir a nova fronteira de competitividade entre as empresas líderes, consolidando o Brasil como um dos principais mercados de engenharia da América Latina.

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