A comitiva empresarial brasileira que esteve nos Estados Unidos recentemente não conseguiu avanços nas negociações comerciais, enfrentando desafios significativos, como tarifas elevadas. José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), destacou que a solução para as tarifas depende de um acordo comercial, que requer um contato diplomático de alto nível.
As exportações brasileiras para os EUA caíram 18,5% em agosto, refletindo a urgência da situação. Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), enfatizou que o diálogo entre autoridades dos dois países é crucial para acalmar as tensões. Os EUA condicionam as negociações ao tratamento da situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que complica ainda mais o cenário.
Desafios e Oportunidades
A equipe da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) também participou das reuniões no Departamento de Comércio. Fernando Pimentel, presidente da Abit, observou que o processo não será simples, dada a complexidade das motivações por trás das tarifas. Ele ressaltou que o Brasil enfrenta uma sobre tarifação de 40 pontos percentuais, além dos 10% aplicados a todos os países.
Pimentel acredita que a diplomacia e a paciência estratégica são essenciais. Ele mencionou que 40 empresas brasileiras participarão da Coterie, uma feira têxtil em Nova York, onde será possível avaliar como as relações comerciais se adaptarão diante das tarifas. Apesar das dificuldades, as empresas estão otimistas e confirmaram presença no evento, buscando estabelecer novas conexões no mercado norte-americano.