A Caixa anunciou o retorno da linha de financiamento de construção para imóveis com valores acima de R$ 2,25 milhões. Entretanto, para contratação, os imóveis deverão contar com aspectos de sustentabilidade incorporados ao projeto, como eficiência energética, redução do impacto ambiental, uso de tecnologias sustentáveis, entre outros itens. Esse financiamento estava pausado desde novembro do ano passado, quando a escassez de “funding” fez a Caixa priorizar os recursos da poupança para imóveis mais baratos, que se encaixam no Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
As taxas de juros, pós-fixadas, serão a partir de 12,80% ao ano, acrescidas da Taxa Referencial (TR). O início das contratações está previsto para janeiro de 2026. A implementação dos critérios sustentáveis está relacionada com o Selo Casa Azul Caixa, que passa a ser obrigatório.
“Estimamos contratar em 2026 cerca de R$ 8 bilhões em financiamentos de construção de imóveis destinados a pessoas físicas. Assim, fica evidente, em linha com os objetivos da COP30, que é possível crescer com sustentabilidade, incentivando o setor da construção civil a reduzir o impacto ambiental”, diz em nota a vice-presidente de habitação da Caixa, Inês Magalhães, que participa da conferência da ONU em Belém (PA).
Inicialmente, somente os projetos com imóveis avaliados a partir de R$ 2,25 milhões terão o selo como item obrigatório. Posteriormente, haverá a expansão para todas as operações. O selo também passará a ser um dos critérios para bonificação da taxa de juros.
Segundo a Caixa, o objetivo da obrigatoriedade é que as obras utilizem os recursos naturais de maneira racional, adotando soluções arquitetônicas de qualidade na construção, uso, ocupação e manutenção de unidades habitacionais.