Em novembro, o hatch elétrico Geely Geome Xingyuan, com nome reduzido para EX2, estreia no Brasil. O modelo é o carro mais vendido da China nos últimos cinco meses, resultado suficiente para colocá-lo na liderança de mercado no acumulado de 2025.
Com 46 mil unidades distribuídas em seu país de origem apenas no mês de agosto, segundo a CAAM(Associação Chinesa de Montadoras), o total do ano chega a 290 mil licenciamento.
Por que o EX2 é tão especial?
Parte do sucesso do EX2 na China é devida ao seu preço. Na versão mais simples no mercado, o compacto da Geely custa R$ 55 mil, enquanto o modelo mais equipado, que deve chegar ao Brasil, aparece na faixa de preço dos R$ 75 mil. No entanto, o preço estimado para o mercado nacional é de R$ 150 mil, o que vai colocar o EX2 na disputa direta com BYD Dolphin, GWM Ora 03 e Chevrolet Spark EUV.
O modelo também chama a atenção por sua autonomia, estimada em 400 km na China, mas que no Brasil deve seguir o padrão adotado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e ficar um pouco acima de 300 km.
Com 4,14 m de comprimento e 2,65 m de distância entre os eixos, o EX2 oferece uma experiência espaçosa e inclui sistemas de segurança como frenagem autônoma de emergência, leitores de faixas e seis airbags. O carro também apresenta uma tela horizontal sensível ao toque na parte central do painel.
O modelo elétrico também pode ser comparado às versões mais equipadas de carros compactos com motorização flex, como o Peugeot 208 GT Hybrid e o Volkswagen Polo Highline.
Parceria com a Renault
A rede de concessionárias da marca de carros elétricos está sendo estabelecida e possui a meta de chegar a 105 lojas. Está em debate a possibilidade do modelo da Geely seja produzido no Brasil em parceria com a Renault. A montadora chinesa usa o suporte da montadora francesa para distribuir seus veículos.
O grupo Geely foi criado em 1986, mas começou a produzir automóveis apenas em 1997. Além da Volvoe da Zeekr, o grupo também é dono da Lotus e possui atuação em outras áreas, como produção de satélites e de aeronaves.