Chefias estão confiando mais nas equipes, aponta estudo

Imagem da notícia

A confiança das chefias nas equipes executivas voltou a crescer em 2025. De acordo com o “Índice de Confiança na Liderança”, da multinacional de busca, sucessão e desenvolvimento de líderes Russell Reynolds, o indicador passou de 61, em 2024, para 63, este ano. O marcador, que vai de 0 a 100, objetiva capturar as perspectivas da alta administração sobre a eficácia dos times em três aspectos: capacidade de liderar, comportamento colaborativo e gestão de problemas.

Os dados, adiantados para o Valor, são baseados no estudo “Monitor Global de Liderança”, da Russell Reynolds, que ouviu mais de três mil executivos em 46 países, que atuam em setores como serviços financeiros, saúde e TI.

“O resultado deste ano representa um avanço de cerca de 3 pontos em relação a 2024, quando o indicador registrou 61 pontos, o pior desempenho desde que começamos a medição, durante a pandemia”, analisa Jacques Sarfatti, sócio-diretor da Russell Reynolds e líder da prática de avaliação de conselhos de administração e CEOs. “Embora ainda esteja abaixo do nível inicial de 2021, quando a confiança alcançou quase 68 pontos, impulsionada pela união das equipes frente à crise da Covid-19, o crescimento representa uma reação positiva.”

Nos últimos anos, continua Sarfatti, o índice vinha em queda, pressionado por incertezas econômicas, mudanças geopolíticas, escassez de talentos e os impactos da transformação tecnológica nas empresas. “Esse aumento, mesmo que gradual, é um sinal encorajador da resiliência das lideranças”, assinala.

O especialista acredita que pelo menos dois fatores principais contribuíram para a elevação do índice, como a maior adequação às rotinas de trabalho e a valorização de atributos profissionais como a capacidade de colaboração.

“As equipes estão se adaptando rapidamente às mudanças e atuam de forma mais estratégica e coesa”, detalha. “O levantamento mostra que a capacidade de colaboração e de influência positiva na cultura organizacional são características cada vez mais presentes e valorizadas.”

Diante do resultado do estudo, a recomendação de Sarfatti para as corporações no Brasil, que não entrou no mapeamento global, é investir no desenvolvimento e na sucessão das lideranças. “Deve-se priorizar programas que fortaleçam competências como adaptação, colaboração e habilidade na gestão de problemas”, sugere ele, lembrando que os líderes globais da nova geração ou potenciais sucessores nas companhias apresentaram um índice de confiança considerado baixo, de 58 pontos.

“É importante apoiar e preparar os futuros gestores, além de utilizar pesquisas internas para medir o clima organizacional, ajustando estratégias conforme o necessário”, aconselha.

Compartilhe esse artigo

Açogiga Indústrias Mecânicas

A AÇOGIGA é referência no setor metalmecânico, reconhecida por sua estrutura robusta e pela versatilidade de suas operações.
Últimas Notícias