
O Observatório Brasileiro de Recuperação Extrajudicial (OBRE) apurou que em setembro Santa Catarina ficou no topo de pedidos de recuperação extrajudicial em valores, com a adesão de duas empresas que somam dívidas de R$ 579,93 milhões. O maior valor no país e também o maior da série histórica de SC desde 2005 é o do Grupo Rech, com dívidas de R$ 526,76 milhões.
Com sede em Itajaí e presença nacional, o Grupo Rech informa que é a maior empresa brasileira no comércio de peças para máquinas pesadas e agrícolas do Brasil. O outro pedido registrado em SC em setembro foi da Sotille Comércio e Artigos de Decoração, de Pomerode, no valor de R$ 12,41 milhões.
De acordo com o observatório, considerando o pedido da Cativa Têxtil Indústria e Comércio, de Pomerode, registrado em abril deste ano no valor de R$ 40.756.568,41, Santa Catarina soma nesses três casos dívidas de R$ 579.929.954,41 em 2025. Em 2024, foram protocolados somente dois casos no estado, das empresas Indústria de Móveis 3 Irmãos e Smart Business Consultoria Financeira, totalizando R$ 47, 3 milhões.
No Brasil, o observatório apurou que em setembro foram aprovados seis novos pedidos de recuperação extrajudicial que juntos somam dívidas R$ 604 milhões. No ano, já são 41 pedidos que somam dívidas totais superiores a R$ 9,8 bilhões em dívidas.
O OBRE explica que Recuperação Extrajudicial é um modelo que permite a recomposição das dívidas a partir de negociações diretas da empresa com os seus credores. Esses acordos ocorrem fora do âmbito judicial, o que permite uma maior autonomia entre as partes.
Essa alternativa passou por uma reforma em 2020 para ficar mais acessível. Desde então, tem ganhado maior adesão para negociação de dívidas com bancos, fornecedores e também débitos trabalhistas e tributários.
Esse acompanhamento do observatório acontece desde 2022 e se restringe a informar pedidos de homologação e aos planos de recuperação extrajudicial.