A CEO da COP30, Ana Toni, afirmou que a presidência brasileira conseguiu abrir a agenda da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, mesmo diante dos desafios geopolíticos que poderiam travar as negociações.
“Nas últimas quatro COPs, não fomos capazes de abrir a agenda no primeiro dia. Então, isso é uma grande notícia para nós, porque fomos capazes, neste presente momento geopolítico, de abrir a agenda”, disse Toni em coletiva de imprensa. São 145 tópicos da agenda, sendo 20 considerados os mais “substantivos” pela presidência brasileira.
Algum país poderia, por exemplo, pedir para rediscutir a agenda a ser trabalhada pela COP30, o que travaria os trabalhos. A agenda é definida pelos países previamente, mas alguma nação pode pedir para reabri-la.
“Nós sentimos que foi um grande acontecimento. Parece que foi pouco, mas foi muito trabalho”, ressalta Toni. “Se não abríssemos a agenda, o trabalho técnico em todos os temas que são mandados poderiam não ser iniciados”, explicou.
Ela também comemorou o fato de 111 países terem apresentado até o momento suas NDCs, ou seja, os compromissos climáticos assumidos por cada nação para reduzir emissões de gases de efeito estufa. “O número mostra que os países estão muito engajados com o acordo de Paris, fazendo as suas NDCs, fazendo os seus planejamentos”, diz a CEO da COP30.
Também são 194 países creditados para participar das negociações da COP30, outro número comemorado por Toni. “Ou seja, quase todos os países estão aqui conosco, acreditados, participando das negociações, o que mostra que a COP começou muito bem”, frisou. “Vamos manter esse ritmo agora até o final”, finalizou.