Corte da Selic em 2026 pode elevar lucros das empresas em até 32%, avalia Itaú BBA

O início do ciclo de queda da Selic pode elevar os lucros das empresas em até 32%, projeta o Itaú BBA. Segundo o banco, o mercado doméstico segue moderadamente atrativo, negociado a cerca de nove vezes o preço sobre lucro, o que representa um desconto de aproximadamente 10% em relação à média histórica.

Nos últimos 20 anos, os cinco ciclos de cortes de juros resultaram em retornos positivos para a bolsa, com ganho médio de 17,5% após a primeira redução da Selic. Os analistas do banco destacam que antecipar esse movimento e acertar o momento tende a ampliar a performance: os retornos podem chegar a 33,3%, sendo a melhor janela, em média, três meses antes do início do ciclo, aponta o relatório.

O Itaú BBA segue priorizando ações “bond proxies” e cíclicas com carrego como principais temas de alocação. Com a expectativa de queda da Selic, as projeções de consenso apontam para expansão no setor financeiro entre 10% e 20%. Entre as principais recomendações do banco estão Equatorial, Sabesp, Multiplan, Direcional, BTG Pactual, Bradesco, Rede D’Or, GPS, Prio e Suzano.

No curto prazo, o banco sinaliza que o mercado deve registrar alta pontual devido ao nível de sobrecompra. Apesar disso, a alocação de investidores locais e estrangeiros permanece próxima das mínimas de longo prazo. Neste ambiente, as empresas domésticas de grande capitalização seguem sendo precificadas sob um cenário de baixa, entre 55% e 60%.

Os principais riscos apontados pelo Itaú BBA incluem o impacto de uma atividade econômica mais fraca sobre as empresas domésticas. O cenário pessimista considera fatores como dívida/PIB, déficit em conta corrente e o diferencial entre lucros e juros como pontos de atenção.

*Participante do Curso Valor de Jornalismo Econômico, sob supervisão de Maria Fernanda Salinet

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