ES desponta com potencial para ser hub de transição energética

Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e o Ceará estão entre os estados brasileiros com maior potencial de se tornarem hubs de produção industrial de baixo carbono no Brasil, elemento chave da transição energética global.

No caso capixaba, fatores como a logística privilegiada, o complexo portuário e o parque industrial de mineração e siderurgia, intensivo em energia, colocam o estado como um candidato estratégico para atrair projetos de hidrogênio de baixas emissões, biomassa, eólica offshore, energia solar e captura e armazenamento de carbono (CCS).

O destaque se dá pela capacidade logística desses estados para viabilizar a transferência de produtos verdes do Brasil para outros países, contribuindo para a descarbonização de economias fortemente dependentes de matrizes energéticas fósseis.

A importância da estrutura logística brasileira na transição energética é indicada pela Plataforma Interativa de Descarbonização (PID), desenvolvida pelo Instituto E+ Transição Energética com a Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que auxilia governos, investidores e empresas a identificar regiões e setores com potencial para cadeias produtivas limpas no País, de modo a acelerar a descarbonização.

Artigo assinado por Rosana Santos, diretora-executiva do Instituto E+ Transição Energética, explica que a abordagem da formação de hubs industriais no contexto da transição parte do princípio de que a elevada participação de fontes renováveis na matriz energética brasileira não só coloca o País em destaque em meio ao enfrentamento da crise climática, como lhe credencia para ocupar um protagonismo em favor desse processo em outros países.

A importação de produtos brasileiros fabricados com baixas emissões permite que tais nações reduzam o uso de energia fóssil para atender seus mercados. Além disso, o Brasil combina energia limpa com custos competitivos, um diferencial que o torna ainda mais atraente para a realocação de indústrias.

“O Brasil pode se posicionar como fornecedor estratégico de produtos descarbonizados dos quais a grande maioria dos países necessita. É uma oportunidade única para a indústria recuperar a competitividade com base na tão necessária neoindustrialização. Seja sediando essas indústrias, seja servindo de eixo para a expansão de exportações verdes, os portos têm tudo para estarem entre os protagonistas de uma nova era de desenvolvimento socioeconômico do Brasil: são portas de entrada do País na economia descarbonizada do século 21”, diz o artigo.

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