O modal ferroviário, além de contribuir para a competitividade do setor logístico, também desempenha um importante papel na redução de emissões de gases de efeito estufa, já que as ferrovias são responsáveis por uma redução de 85% nas emissões de CO₂, em comparação com o transporte rodoviário. Segundo dados da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), cada tonelada transportada por quilômetro por ferrovia emite apenas 8,35 gCO₂, enquanto o transporte rodoviário libera 52,77 gCO₂/TKU.
Em 2024, as ferrovias brasileiras transportaram 540,26 milhões de toneladas úteis (TU), o maior volume dos últimos 20 anos. Já em 2025, entre janeiro e julho, o modal movimentou 302,95 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 0,16% em comparação ao mesmo período de 2024. O minério de ferro lidera as cargas transportadas (72,1%), seguido pelo agronegócio (18,6%) e combustíveis e derivados de petróleo (6,5%). Outros produtos, como açúcar, carvão, cimento, contêineres e insumos siderúrgicos, também compõem o volume transportado.
O progresso do setor ferroviário está cada vez mais perto. De acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho, são esperados, para os próximos 30 anos, avanços nunca antes vistos na última década. “O governo anterior, em 2022, aplicou R$ 7,7 bilhões; em 2023, investimos R$ 10,9 bilhões; e, em 2024, R$ 13,7 bilhões. Este é um recorde histórico, quase o dobro do valor investido há dois anos. Isso ocorre exatamente quando o Brasil bate recordes na safra agrícola, na exportação de minério e na produção industrial. Todo esse crescimento exige mais trilhos, mais logística e mais competitividade”, destacou o ministro.
Para atender a essa crescente demanda, o governo federal desenvolve o Plano Nacional de Ferrovias (PNF), uma iniciativa que visa modernizar a infraestrutura logística, expandir a malha ferroviária, reduzir os custos logísticos e impulsionar a economia. O plano também contempla a criação de projetos de transporte de cargas e passageiros.
“Estamos registrando diversos ativos simultaneamente, o que caracteriza o Plano Nacional de Ferrovias. O Brasil inteiro está sendo atendido. Não há uma região que fique de fora. Nossa meta é entrar em 2026 com um portfólio normativo consolidado, um banco de projetos e oito leilões, com uma estratégia de financiamento sólida e regras claras para garantir previsibilidade à indústria e fomentar parcerias”, afirma o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.