Ford critica tarifas de Trump sobre carros

Em uma entrevista recente, o CEO da Ford, Jim Farley, alertou sobre os impactos negativos das tarifas impostas pela administração do ex-presidente Donald Trump, destacando como essas políticas estão prejudicando as montadoras americanas, especialmente sua própria empresa, que fabrica 80% de seus veículos nos Estados Unidos. Farley afirmou que a Ford paga tarifas cumulativas que podem chegar a 50% sobre peças essenciais, enquanto concorrentes como Toyota e Honda enfrentam tarifas muito mais baixas.

Impacto das tarifas na indústria automotiva

As tarifas, que deveriam fortalecer a indústria automobilística americana, geraram um custo significativo para a Ford, resultando em um prejuízo de US$ 800 milhões apenas no segundo trimestre de 2025. Farley prevê que este número suba para US$ 2 bilhões até o final do ano. Ele indicou que, caso a empresa utilizasse apenas fornecedores americanos, o preço do seu modelo mais vendido, o F-150, poderia aumentar de US$ 100 a US$ 200 por mês.

Comparação com concorrentes

Farley comparou a situação a um jogo de baseball, alegando que a economia dos EUA ainda está no início de sentir os efeitos das tarifas. Além disso, outros líderes da indústria, como Mary Barra, da GM, preveem um impacto ainda maior, com a GM esperando um custo de tarifas de até US$ 5 bilhões até o fim do ano. A Ford, apesar de estar em uma posição relativamente melhor, ainda enfrenta desafios significativos que podem resultar em preços mais altos para os consumidores.

Perspectivas futuras para preços de carros

Com o preço médio de veículos novos nos EUA ultrapassando os US$ 50.000, analistas independentes preveem que os preços continuarão a subir à medida que mais modelos de 2026 chegarem às concessionárias. Farley expressou otimismo em encontrar uma solução, mas reconheceu que as tarifas estão elevando os custos de produção, o que inevitavelmente afetará os preços finais para os consumidores.

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