O Ministério dos Transportes anunciou a inclusão do Ferroanel de São Paulo na nova licitação da Malha Oeste, que liga São Paulo ao Mato Grosso do Sul. O leilão está previsto para 2026, com o objetivo de revitalizar a malha ferroviária, que enfrenta abandono há décadas.
A Malha Oeste, com 1.973 km de trilhos, foi concedida à Rumo, mas seu uso tem sido limitado. O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou a possibilidade de renegociação do contrato, mas decidiu que a solução viável é a nova licitação. O edital está quase finalizado e será enviado ao TCU em outubro.
Integração de Projetos
A proposta de integrar o Ferroanel, que tem 53 km de extensão e foi planejado desde os anos 1970, visa desviar trens de carga da região metropolitana de São Paulo. Isso permitirá liberar espaço nas linhas para trens de passageiros. O custo total para tornar a malha operacional é estimado em mais de R$ 6 bilhões.
Parte da infraestrutura do Ferroanel já está em construção, com pontes preparadas durante a obra do Rodoanel. O governo busca recuperar a ferrovia para facilitar a integração entre São Paulo, Mato Grosso do Sul e a fronteira com a Bolívia, além de desviar trens de minério e grãos da malha urbana.
Projetos Futuros
O contrato original da Malha Oeste, assinado em 1996, termina em junho de 2026, o que pressiona o governo a concluir o processo de licitação. Além da Malha Oeste, outros projetos ferroviários estão previstos para serem leiloados em 2026, incluindo a concessão do Arco Ferroviário do Sudeste, que promete transformar a logística na região.
O novo modelo de chamamento público para empresas interessadas em operar trechos ferroviários pouco utilizados também será testado, começando com dois traçados sob controle da Ferrovia Centro-Atlântica. O governo está focado em revitalizar a malha ferroviária, essencial para o transporte de cargas e o desenvolvimento econômico.