A greve dos trabalhadores da Petrobras, iniciada por tempo indeterminado, já provoca impactos na operação de unidades da companhia no setor elétrico. Três termelétricas — UTE Ibitiré, em Minas Gerais, Termoceará, no Ceará, e UTE Vale do Açu, no Rio Grande do Norte — passaram a operar de forma parcial após o início do movimento, em razão da ausência da troca regular de turnos.
Segundo representantes dos trabalhadores, a paralisação comprometeu a rotina operacional dessas usinas, reduzindo sua capacidade de geração e exigindo a adoção de esquemas de contingência para manter o funcionamento mínimo das instalações.
Paralisação atinge outras unidades
Além das termelétricas, a greve se estende a diversas áreas da companhia. Há registros de adesão em plataformas offshore, refinarias, unidades de transporte e logística, usinas de biodiesel e prédios administrativos em diferentes regiões do país. Em várias dessas unidades, equipes de contingência foram acionadas para preservar a segurança operacional e garantir a continuidade dos serviços essenciais.
A Petrobras afirma que, até o momento, a produção de petróleo, gás e derivados segue sem impactos relevantes e que o abastecimento ao mercado está assegurado. A empresa destaca que mantém diálogo com as entidades sindicais e adota medidas para minimizar os efeitos da paralisação.
Reivindicações dos trabalhadores
O movimento grevista está relacionado às negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Entre as principais reivindicações estão a busca por soluções para os déficits nos planos de previdência complementar, ajustes no plano de cargos e salários e garantias de recomposição sem mecanismos de contenção fiscal. Os trabalhadores também defendem o fortalecimento da Petrobras como empresa integrada de energia e a preservação de direitos históricos da categoria.
Sem previsão de encerramento, a continuidade da greve dependerá do avanço das negociações entre a companhia e os representantes dos empregados.