Honda aumenta produção no Brasil e prepara híbrido flex pleno

Podem chamar a Honda de pragmática nos lançamentos, conservadora nos produtos e até cautelosa demais nas estratégias. Mas o fato é que a montadora dá tiros certeiros no Brasil. E é nesta filosofia que a Honda vai aumentar a produção e preparar seu híbrido flex.

Com o lançamento da segunda geração do WR-V, agora seu SUV mais barato no mercado, a fabricante vai aumentar a capacidade de produção no Brasil. A partir de dezembro, a fábrica de Itirapina passa a operar em dois turnos completos, com um incremento de 20% no volume de carros produzidos.

Com isso, a planta – que efetuou contratações em junho e recebeu novas máquinas e ferramentas – chegará a uma capacidade de 125 mil unidades/ano em 2026. Lá são feitos, além do WR-V, as linhas City (hatchback e sedan) e HR-V.

Alta na produção da Honda para acompanhar mercado

Além do lançamento do novo SUV, a expansão de produção da Honda também visa acompanhar o crescimento da marca no país. A fabricante enche o peito para falar que aumentou em 15% as vendas de janeiro a setembro de 2025, bem mais que a média de 3% de alta do mercado total no mesmo período.

“Mercado brasileiro é muito competitivo. Além de lançamentos, estamos com estratégias comerciais mais flexíveis e ágeis, tudo associado à tradição de uma marca reconhecida pelos brasileiros”, enaltece Marcelo Langrafe, diretor comercial da Honda Automóveis.

Dentro desse escopo, a empresa também executa um programa de expansão gradual de sua rede. Hoje, são 210 concessionárias.

“Planejamos uma expansão estratégica, em estruturas mais enxutas e localizadas em diversas regiões e com novas nomeações”, adianta o executivo.

Primeiro eletrificado nacional da Honda será híbrido flex pleno

Ao mesmo tempo, a Honda também prepara a produção do seu primeiro motor híbrido flex. Mas tudo na lógica da cautela peculiar da marca japonesa, pelo visto.

Langrafe não fala em datas para a estreia do conjunto eletrificado – segundo fontes, é coisa para 2027. Mas deixa nas entrelinhas que a tecnologia escolhida não será híbrida leve como a adotada pela Stellantis.

“Nossos fornecedores vão se preparar e vamos adotar uma tecnologia híbrida flex plena, a exemplo dos modelos que vendemos aqui. Acreditamos em soluções completas para o mercado”, explica.

O conjunto eletrificado da montadora está em desenvolvimento, junto com o parque de fornecedores, na fábrica de Sumaré (SP), onde já são produzidos os motores 1.5 e diversos componentes plásticos.

“A Honda é bastante cautelosa e disciplinada para garantir que estes automóveis estejam adequados à realidade de uso no Brasil. Não é simplesmente importar essa tecnologia”, garante o diretor comercial.

Tais movimentos fazem parte do último ciclo de investimento revelado pela montadora para o período 2025-2030.

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