Em nova leitura divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma queda de 0,37 ponto percentual na primeira prévia de outubro, em comparação ao desempenho da leitura equivalente no mês anterior.
O recuo do IGP-M reflete, principalmente, o comportamento dos índices de preços ao produtor e das matérias-primas brutas, que sofreram retração mais pronunciada. No cálculo do IGP-M, o componente IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) responde por 60% do peso total, sendo o principal vetor de variação do índice.
Além do IPA, os componentes IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) também contribuem para a formação do IGP-M, ainda que com menor peso. Alterações nas expectativas de consumo e nos custos de construção influenciam essas parcelas do índice.
A baixa do IGP-M sinaliza uma possível acomodação de pressões inflacionárias em parte da cadeia produtiva, sobretudo na etapa de produção, podendo aliviar reajustes de contratos atrelados ao índice nos próximos meses — como aluguel, tarifas e serviços. No entanto, analistas lembram que a tendência deverá ser observada com cautela, considerando a volatilidade de insumos e fatores externos.
Para 2025 como um todo, o IGP-M acumula variações que refletem o equilíbrio entre fatores de alta e pressão de queda, com desempenho ainda influenciado por commodities, câmbio e custo de matérias-primas.